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Setor agroindustrial discutirá embargo russo com Ministro da Agricultura

Reunião será nesta segunda-feira, às 15h


As agroindústrias exportadoras de carne e representantes do setor exportador irão se reunir nesta segunda-feira, 06 de junho, às 15h com o Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, para discutir o embargo imposto pela Rússia às 89 unidades de processamento de carnes do Brasil, sendo 23 unidades processadoras do Estado de Mato Grosso, 16 delas produtoras de carne bovina; 27 do Rio Grande do Sul, das quais 10 produzem carne de frango; e de 39 no Paraná, das quais 16 de carne de frango e 11 de carne suína.

Em Brasília, nesta sexta-feira, depois de reuniões com autoridades governamentais e institucionais, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), levantou que a imposição de restrições às carnes brasileiras pela Rússia pode ter relação com as negociações do país para entrada na OMC (Organização Mundial do Comércio). Segundo a Folha de S. Paulo apurou, na terça-feira (31) houve uma reunião em Genebra entre autoridades russas e de países membros da OMC para tratar do tema, mas não houve progressos na relação entre Brasil e Rússia.

Na agricultura, as negociações esbarram na imposição de cotas para importações de carnes. O Brasil se opõe à proposta da Rússia de adotar cotas por países, o que poderia favorecer os EUA e a União Europeia, especialmente a Dinamarca, que também precisam concordar com a entrada da Rússia na OMC. O Brasil defende uma cota única, sem divisão por países, que seria disputada abertamente pelos exportadores. Nesse modelo, ganharia a maior fatia do mercado russo o país que oferecesse preços mais competitivos. Na reunião desta semana o Brasil, mais uma vez, apresentou a sua posição – fato que alimenta a especulação de que a medida anunciada ontem seria uma retaliação às dificuldades impostas pelo país nas negociações e, logo, ao aval à Rússia na OMC. Com relação às cotas, a ABCS defende uma posição mais flexível, trabalhando-se com eliminação gradativa num período mais longo, de cerca de cinco anos, o que satisfaria os países interessados e daria ao setor tempo para se reorganizar dentro dessas novas imposições.

Para o Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, a discussão de cumprir as novas regras impostas caberá estritamente ao setor privado. De acordo com o Diretor de Programa da Secretaria de Defesa Agropecuária, Enio Marques Pereira, as agroindústrias exportadoras vão ter que pesar a relação custo/benefício desse novo conjunto de regras impostas pelo principal comprador carne suína do Brasil. “Os russos fizeram estoque durante 3 meses e tem pelo menos 60 dias de folga para esta negociação, por isso, vai depender do setor agroindustrial a decisão de cumprimento das novas exigências desse mercado e a retomada das vendas pelos frigoríficos afetados”.

As informações são da assessoria de imprensa da ABCS

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