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Setor de cal e calcário do Paraná propõe novo selo de qualidade

A implantação do novo selo tem como objetivo incentivar as empresas de cal e calcário a adotarem continuamente procedimentos e práticas de acordo com as normas ambientais


Representantes dos Sindicatos das Indústrias de Cal do Paraná (Sindical) e de Calcário (Sindemcap) e da Associação dos Produtores de Derivados do Calcário (APDC) apresentaram nesta terça-feira (16) o projeto de criação do “Selo Verde” de qualidade ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A implantação do novo selo tem como objetivo incentivar as empresas de cal e calcário a adotarem continuamente procedimentos e práticas de acordo com as normas ambientais.

De acordo com a proposta, que partiu do próprio setor, as empresas receberiam o “Selo Verde” se cumprissem alguns pré-requisitos, como CNPJ regularizado, filiação aos respectivos sindicatos, licença de operação em dia, entre outros. Posterior a isto, e caso cumpram as premissas, as empresas são orientadas quanto às metas individuais e coletivas a atingirem, dentro de um tempo determinado.

“Para conceder o selo e mesmo acompanhar o cumprimento das metas daqueles que já receberam iremos realizar auditorias internas a cada dois meses e externas a cada seis meses”, disse Alexandre Garay, consultor técnico da APDC.

Segundo ele, até mesmo quem já recebeu o selo pode perdê-lo. “As empresas que receberam o selo e depois deixarem de cumprir as metas perdem o selo, pois queremos que a prática ambientalmente correta seja permanente”, completou.

Para o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, a parceria entre o setor e o IAP é positiva para os dois lados, além de desmistificar a relação entre o poder público e a iniciativa privada. “Existem vários pontos positivos deste selo de qualidade. Primeiro, ele acaba com aquele velho pensamento de que o IAP é apenas um órgão repressor, que só quer multar. Outro ponto importante é que as auditorias feitas para a manutenção do selo servem também para o IAP avaliar o cumprimento das exigências ambientais das empresas do setor”, ressaltou.

Com a implantação do novo selo, a APDC espera nivelar o grau de comprometimento ambiental das empresas associadas e as demais do setor. “Atualmente existem cerca de 90 empresas deste setor, e destas, 20% certamente preenchem todos os requisitos para a concessão do ‘Selo Verde’. Sem contar, que hoje, as empresas de cal e calcário estão tecnicamente mal informatizadas. Portanto, estamos dando um primeiro passo para mudar esta realidade, pois queremos um nivelamento de todas as empresas”, explicou Alzemir Gulin, presidente da APDC.

Ezilda Furquim, presidente do Sindical, reforça a importância da avaliação do IAP. “Desde 2002 estamos nos aproximamos do IAP, este programa representa a união entre um setor historicamente mal visto, que faz parte da cadeia mineral, e o órgão ambiental competente”, afirmou. O próximo passo será a validação de especialistas do IAP a proposta, com possíveis inclusões do órgão.

Auditoria – No projeto apresentado pela APDC e os sindicatos constam também os itens a serem auditados para a qualificação das empresas. São mais de 150 itens, sendo 14 obrigatórios (documentação e licenças) e os demais de melhorias ambientais variadas. As empresas que forem embargadas por órgãos como IAP ou Ibama podem perder o “Selo Verde” definitivamente, caso seja condenada, ou temporariamente, caso seja apenas réu em processo.

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