Setor de máquinas tem queda no bimestre
Houve queda de 3,9% no período, mas exportações seguiram em alta
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A indústria brasileira de máquinas e equipamentos iniciou o ano de 2022 com desempenho abaixo do observado em 2021 e abaixo das expectativas. Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) em fevereiro, ainda que a receita líquida tenha melhorado em relação ao mês de janeiro (+8,5%), se manteve abaixo do resultado de fevereiro de 2021 (-2,9%).
No acumulando no ano o primeiro bimestre deste ano teve queda de 3,9%, após crescimento de 21,7% em 2021 (jan-dez). O resultado anualizado do setor fabricantes de máquinas equipamentos recuou de um crescimento de 18,5% em janeiro para crescimento de 16,7% em fevereiro de 2022.
A queda é atribuída à desaceleração do consumo e da atividade industrial. Na análise interanual, comparando o 1º bimestre de 2022 em relação ao 1º bimestre de 2021, a queda se deu principalmente nas vendas de máquinas no mercado doméstico (-6,1%). As exportações no mesmo período registraram crescimento de 12,1% em Reais. Por outro lado os investimentos ligados aos setores agrícolas de construção civil continuam em crescimento.
Em fevereiro o setor exportou US$ 879 milhões em máquinas e equipamentos. Volume 22,3% acima do observado em janeiro de 2022 e 37,8% acima do patamar de fevereiro de 2021 (US$ 638 milhões). No segmento de máquinas agrícolas as vendas externas cresceram 31% e no acumulado do ano a alta foi superior a 63%, tendo a maior contribuição no setor, com salto de de US$ 175 milhões para US$ 287 milhões no 1º bimestre.
As importações também registraram crescimento em relação ao mês de janeiro (4,1%). No primeiro bimestre as importações de máquinas e equipamentos acumularam crescimento de 19,0%. Em média o Brasil vem importando cerca de US$ 1,9 bilhão por mês nesse setor. Nas máquinas para a agricultura alta de 29% no mês e de 48% no acumulado do ano.
