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Setor de orgânicos cresce com maior demanda de São Paulo

Secretaria cria financiamento para atender demanda de orgânicos



Com o objetivo de estimular a produção sustentável e propor inovações ou adaptações tecnológicas que diminuam o consumo de insumos químicos e combustíveis fósseis, a Secretaria de Agricultura criou uma linha de financiamento para atender a demanda de orgânicos, ligada ao Fundo de Expansão ao Agronegócio Paulista - Banco do Agronegócio Familiar (Feap/ Banagro) com teto de até R$ 500 mil.

"Em vista de uma demanda crescente para o segmento, fizemos o São Paulo Orgânico. Já formamos 231 tecnicos que podem ser multiplicadores, disponibilizamos dinheiro para financiar o período de transição, com pagamento em até sete anos e quatro anos de carência. Financiamos a certificação e atualmente temos mais 400 produtos entre naturais, processados e biojóias, como capim dourado, que também se enquadram no setor", explica Mônika Bergamaschi.

O programa conta com subsídio de até R$ 200 mil por produtor rural pessoa física ou jurídica e até R$ 500 mil por cooperativa ou associação de produtores.

De acordo com a secretária, o fator mais recorrente no estado é a transição de produtores convencionais para agroecológicos e não o surgimento de novos agricultores que já iniciam suas atividades voltadas a este segmento.

Sendo assim, o período mais preocupante é aquele em que o produtor está se adaptando às normas de certificação - produção sem uso de agrotóxicos, porém, sem a rentabilidade do orgânico. "Não basta querer, tem que fazer bem feito. O que não cabe mais na agricultura é amadorismo, por isso as exigências e, em contrapartida, o financiamento".

Para participar do programa, os produtores devem estar enquadrados como beneficiários do Feap/ Banagro, bem como suas associações e cooperativas. É preciso apresentar um plano de manejo orgânico que busque o selo de certificação. Este projeto deve ser validado pelo Organismo de Avaliação de Conformidade (OAC), Organismo Participativo de Avaliação de Conformidade (Opac) ou pela Comissão Técnica de Agricultura Ecológica e Periurbana da secretaria da Agricultura.

"Uma determinação do ministério [da Agricultura] diz que os produtos agroecológicos teriam que ser oriundos de sementes orgânicas desde o ano passado. Como não foi possível desenvolver a maioria das sementes, postergaram o prazo. Nos antecipamos e, em junho, lançamos a primeira semente de milho orgânica", diz.

Segundo Mônika, a semente de milho de pipoca já está em processo de certificação e deve ser lançada em breve.

O Levantamento Censitário das Unidades de Produção (Lupa) está sendo atualizado para que a secretaria divulgue dados concretos sobre a proporção do segmento em São Paulo.

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