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Setor sucroenergético paulista avança na adoção de práticas sustentáveis, afirma estudo do IEA

5.402.772 hectares estão comprometidos com as práticas sustentáveis


5.402.772 hectares estão comprometidos com as práticas sustentáveis

Estado de SP, cerca de 91,3% da colheita de cana-de-açúcar realizada pelas usinas sucroalcooleiras signatárias do Protocolo Agroambiental já são feitas de forma mecanizada, o que somado às medidas de recuperação de áreas ciliares e proteção de nascentes nas áreas das unidades industrias tem contribuído para a adoção de boas práticas agroambientais no setor, conforme aponta a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA).

De acordo com o estudo, as signatárias do protocolo, termo de adesão voluntário entre o setor e o governo paulista, são responsáveis por aproximadamente 92% da produção paulista e, na safra 2015/16, 5.402.772 hectares, correspondente a 26,3% da área agricultável do Estado, estão comprometidos com as práticas sustentáveis.

Conforme ressaltam as pesquisadoras da Secretaria que atuam no IEA, Katia Nachiluk e Rejane Cecilia Ramos, “houve ainda a recuperação de 258.773 ha de áreas ciliares e a proteção de 8.400 nascentes nas áreas das unidades industrias e de fornecedores de cana”.

A produção de energia elétrica realizada por meio da biomassa nas usinas signatárias foi de 18.100 GWh, dos quais 10.170 GWh de energia elétrica foram exportadas, o que representou 26% do consumo anual residencial paulista. 

A biomassa da cana de açúcar é a segunda principal fonte de energia elétrica no Brasil, representando 8,9% da matriz energética, atrás apenas da gerada nas hidrelétricas, que corresponde a 61,3%. Contudo, ressaltam as pesquisadoras, o derivado da cana tem potencial para responder por cerca de 20% da matriz energética brasileira até 2030.

Em análise do cenário no ano de 2015, o IEA apontou que o setor sucroenergético brasileiro processou 666,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, produzindo 33,8 milhões de toneladas de açúcar e 30,2 bilhões de litros de etanol (hidratado e anidro). O Brasil figura como o maior produtor mundial de açúcar, tendo sido exportados US$ 8,5 bilhões de açúcar e etanol, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A China, Bangladesh e Argélia foram os principais países importadores de açúcar e os Estados Unidos, Coreia do Sul e China, os principais importadores.

A região Centro-Sul, que concentra 80% das unidades industriais representa 92,7% da produção de cana-de-açúcar da federação, com destaque para o Estado de São Paulo, que significou, em 2015, 55,2% da produção nacional de cana-de-açúcar, 48,5% da produção de etanol (14,7 bilhões de litros) e 63,6% da produção do açúcar (21,3 milhões de toneladas)8. No Estado de São Paulo estão 41,8% do total de usinas produtoras de açúcar e álcool.

O estudo demonstra ainda que 54,4% da produção total paulista em 2015 ocorreu nos municípios de Barretos, Orlândia, Ribeirão Preto, Jaboticabal, São José do Rio Preto, Araraquara, Presidente Prudente, Jaú, Andradina e Assis.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim ressaltou da adoção de práticas sustentáveis no cultivo e processamento da cana-de-açúcar, que em representou 37,4% do valor da produção agropecuária do Estado em 2015, com R$23,89 bilhões, superando a produção de carnes bovina e de frango, madeira de eucalipto, laranja para indústria e soja. “A parceria entre os setores público e privado representa um grande avanço e está em conformidade com as diretrizes do governador Geraldo Alckmin de promover uma agricultura harmônica com o meio ambiente”, afirmou.

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