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Silvicultor/TO apresenta projeto de plantio de macaúba

Mudas serão plantadas em 100 ha na fazenda do silvicultor


Mudas de macaúba serão plantadas em 100 hectares na fazenda do silvicultor

Em função da demanda mundial por energias renováveis, tendo como princípios básicos a sustentabilidade ambiental, social e econômica, foi aberto um grande mercado para óleos vegetais no País. A demanda poderá se elevar ainda mais nos próximos anos em virtude da diversificação da matriz energética, que prevê o consumo na forma de biodiesel. Apostando na criação de um novo segmento econômico estratégico para o Estado, o diretor da Faco Agroindustrial, o silvicultor Oscar Paul Hogenboom, visitou, nesta quinta-feira, 02, a Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário para apresentar ao secretário Executivo, Ruiter Pádua, o projeto de cultivo de macaúba, que está sendo desenvolvido no município de São Félix do Tocantins, Região do Jalapão.


De acordo com o silvicultor, que já cultiva eucaliptos na região, serão plantados em outubro deste ano, cerca de 100 hectares de macaúba, sendo metade com objetivo comercial e metade para adensamento da reserva florestal da propriedade. Hogenboom explica que a Palmácea oferece inúmeras perspectivas, benefícios e possibilidade de oferecer emprego e rendimento superiores aos auferidos atualmente pelos proprietários rurais da região de São Felix.

“É uma alternativa também para a agricultura familiar, nossa intenção é mobilizar os produtores locais para plantio em sistema de arrendamento, como uma alternativa de geração de renda”, frisou o produtor, acrescentando ainda que a planta tem aproveitamento total, como alimento, produto para indústria de cosméticos, ração e biodiesel. “Outro aspecto importante do cultivo da macaúba é a possibilidade de cultivo consorciado, com mandioca e principalmente pastagem”, explicou.

Na ocasião, Hogenboom solicitou ainda que o Governo estudasse a viabilidade de incluir a cultura da macaúba na relação de atividades financiáveis no sistema de Fomento Estadual. Isto ajudaria substancialmente na adesão e expansão da cultura, como já acontece no estado de Minas Gerais.

O secretário Executivo garantiu ao produtor que a Seagro está à disposição para ajudar no que for possível, especialmente junto às instituições financeiras para o financiamento do projeto. “É de interesse do Governo do Estado apoiar projetos que possam alavancar o agronegócio tocantinense, gerando renda e oportunidades para o homem do campo”, completou.


Características da palmácea

As técnicas de cultivo da macaúba ainda não evoluíram para o seu melhoramento genético, com a implantação de novas áreas. A Embrapa já está pesquisando para a criação de novos clones. A produção se inicia com quatro a cinco anos após o plantio e continua produzindo acima de 50 anos. Já a safra depende da região, mas geralmente ocorre entre os meses de outubro a março, com produção de 3.309 kg de óleo/há, considerando produtividade média do maciço de macaúbas.

A cultura é muito similar ao dendê e possui a vantagem de poder ser cultivada em quase todo o território brasileiro. Além disso, é menos exigente por água, clima e fertilidade do solo; e seus frutos conservam a qualidade por mais tempo. Importante também para os novos projetos com a macaúba, é a sua possível utilização para recomposição das áreas de preservação permanente (APP’s) e reserva legal (RL) nas propriedades rurais.

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