Sistema imunológico da truta pode ajudar a melhorar vacinas para peixes
O próximo passo para o laboratório é também trabalhar em pesquisas semelhantes usando o peixe-zebra

Pesquisadores do Salinas Lab da Universidade do Novo México são os primeiros a identificar uma estrutura imunológica nas cavidades nasais da truta arco-íris, atualmente a espécie é encontrada no mundo todo. Com a descoberta, os imunologistas poderão ter mais informações sobre a biologia deste tipo de peixe, para criar possíveis vacinas na aquicultura. Assim como os humanos, bovinos, aves, etc, os peixes também tomam a vacina para evitar o risco de doenças. As vacinas para peixes são necessárias nas criações em cativeiro ou em tanques, por exemplo.
Embora peixes e mamíferos tenham sistemas imunológicos semelhantes, existem importantes diferenças anatômicas, que na maioria das vezes não é bem conhecido. Os investigadores observaram que essa estrutura imune nasal tem características moleculares de “centros germinativos”, uma reação que ocorre em humanos quando somos vacinados ou infectados. As reações do centro germinativo são frequentemente usadas como marcadores de respostas vacinais.
“Sabíamos das reações do centro germinativo em estruturas linfoides em humanos, mas não pensávamos que a arquitetura do sistema imunológico dos peixes tivesse tais estruturas”, disse Irene Salinas, professora da universidade.
Com essas novas informações, a vacinação em peixes poderá ser melhor compreendida, inclusive qual o melhor tempo de intervalo entre as doses de vacinas que requerem mais de uma aplicação. Também há esperança de que a pesquisa possa reduzir o custo da vacinação para estes animais.
O próximo passo para o laboratório é também trabalhar em pesquisas semelhantes usando o peixe-zebra.