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Situação das lavouras ainda preocupa produtores

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE, divulgado hoje, estima perdas para o arroz, feijão, milho e sorgo


O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE, divulgado nesta quinta-feira (31-03), mostra que algumas culturas estão registrando variação positiva em relação à safra passada: algodão herbáceo (4,29%); feijão em grão 1ª safra (12,04%); mamona (34,81%) e soja (11,32%). Mas no geral, as perdas com a seca ainda predominam. O arroz em casca (-1,23%); feijão em grão 2ª safra (-2,33%); feijão em grão 3ª safra (-1,01%); milho em grão 1ª safra (-9,33%); milho em grão 2ª safra (-7,69%) e sorgo (-4,96%) apresentaram resultados negativos.

Por conta do cenário climático negativo, em especial, nos Estados da região Sul (Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina), e em Mato Grosso do Sul, a comparação desta estimativa de produção com as primeiras perspectivas (divulgadas em dezembro de 2004), revela grandes mudanças no decorrer do tempo. Entre dezembro de 2004 e fevereiro de 2005, a perda na safra nacional fica em torno de 14 milhões de toneladas de grãos. Vale lembrar que, os prejuízos decorrentes dos efeitos negativos do clima não terminaram, pois ainda não foi calculada a perda total dos Estados supracitados.

No Mato Grosso do Sul estão sendo encerrados os trabalhos de campo, onde os primeiros resultados apontam para uma quebra acima de 1 milhão de toneladas somente na cultura da soja que, juntamente com o milho e o feijão 1ª safra, foram as culturas que mais sofreram as conseqüências dessas atípicas estiagens. No entanto, é necessário aguardar os futuros levantamentos, pois com uma visão mais próxima das produtividades obtidas, será possível fazer um balanço final das perdas na safra de 2005.

No cômputo geral, entre as perdas até agora observadas, o maior destaque está na cultura da soja que, entre dezembro de 2004 (quando foi divulgada a última perspectiva para a safra desse ano) e fevereiro de 2005, a cultura perdeu em torno de 8,5 milhões de toneladas. Só no Rio Grande do Sul, onde o prejuízo com esta cultura foi mais significativo, contabiliza-se uma redução de 5,4 milhões de toneladas no período. Em dezembro, a produtividade projetada para 2005 no Rio Grande do Sul era de 2.275 kg/ha. Já em fevereiro, ela se encontra no patamar de 811 kg/ha, baixíssima para um Estado tradicional na produção dessa oleaginosa.

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