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Sobram vagas na agricultura dos EUA

Escassez de mão-de-obra é extrema


Nos Estados Unidos, para cada duas vagas de trabalho que se abrem no campo há apenas um candidato. No caso da Califórnia a proporção é ainda maior. Há quatro vagas de trabalho agrícola para cada candidato, de acordo com Miranda Driver da CalAgJobs, uma organização que conecta fazendas com possível empregados.

A agência oferece trabalhos de todos os tipos, mas não se pode contar com trabalhadores em todos os níveis. “Todos com quem falamos dizem que não podem encontrar pessoas nos campos e nos pomares. Encontrar mão-de-obra com que se pode contar se tornou muito difícil”, disse Driver.

Um dos motivos é que os hispanos que vivem nos Estados Unidos, tradicionais ocupantes das vagas no campo, estão encontrado trabalhos que pagam melhor. O segundo motivo é que muitos mexicanos estão encontrando mais oportunidades dentro do México e as leis migratórias americanas estão mais restritivas.

Além disso, uma pesquisa sobre os trabalhadores agrícolas nos Estados Unidos revela que já são mais da metade os que trabalham ilegalmente nestas funções. Por isso, o recrutamento tem uma questão difícil, especialmente para operações com pecuária e agricultores produtores de especialidades.

“A agricultura dos Estados Undos está em necessidade desesperada de resolver a escassez de mão-de-obra. Isso é particularmente verdade no caso das especialidades”, segundo autores de um artigo publicada na revista Choices, uma publicação de economia agrícola.

A fazendas que estão entre as 4% maiores contratam 42% dos trabalhadores rurais, segundo o USDA. Entre os trabalhadores não autorizados, 90% trabalham em especialidades. “As permissões de trabalho não estão sendo renovadas e o fluxo de novos trabalhadores diminuiu. Muitos trabalhadores não sabem o que fazer”, afirmou o gerente de produção Jimmy Pollock da fazenda JC Howard na Carolina do Norte.

A única opção que as fazendas que precisam de mão-de-obra tem, legalmente, é o visto H2-A, que permite recrutar estrangeiros de forma temporária. “Nós não temos trabalho necessário que justifique pagar os custos do programa. Como o custo não se paga, isso significa que temos que trabalhar de 12 a 13 horas por dia uma família inteira na fazenda”, disse Hope Cassebaum, produtor do Alabama.

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