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Soja "ardido" não perde teor de proteína em Mato Grosso; Estado tem terceiro melhor resultado do país

O estudo aponta que a variação do teor de proteína bruta variou entre 31% e 45% no período analisado


O estudo aponta que a variação do teor de proteína bruta variou entre 31% e 45% no período analisado

O grão soja "ardido" mantém o mesmo teor de proteína que um grão que não tenha recebido muito chuva. A constatação de um estudo realizado pelo Núcleo de Tecnologia em Armazenagem da Universidade Federal de Mato Grosso (NTA/UFMT) nos últimos 10 anos, , que revela ainda que Mato Grosso possui o terceiro maior teor de proteína e óleo, ficando atrás do Piauí e Tocantins.

A pesquisa realizada pelo núcleo da UFMT foi financiado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e analisou grãos de soja durante dez safras para determinar a qualidade intrínseca da oleaginosa.

O estudo aponta que a variação do teor de proteína bruta variou entre 31% e 45% no período analisado, enquanto o teor médio de óleo foi de 21%. Os resultados de dez anos de pesquisa foram apresentados na última semana durante Workshop Compartilhando Conhecimentos de Gestão e Pesquisa, realizado pela Aprosoja-MT.

A pesquisa, observa o direto técnico da entidade que representa os produtores de soja de Mato Grosso, Nery Ribas, é considerada fundamental no que tange o avanço na classificação dos grãos no Brasil. 

Ribas pontua que a soja é o vegetal com o maior teor de proteína e que a expectativa é que se consiga receber um prêmio por este teor, em especial pelo fato de ser ainda maior na região Centro-Oeste.

O fato da pesquisa revela que os grãos "ardido" (aqueles que receberam muita chuva e estão em fase de processo de fermentação) não perderem o teor da proteína é uma boa notícia aos produtores.

“Atualmente, o produtor não recebe por estes grãos ardidos e a indústria os utiliza mesmo assim, dentro da legislação. Então, esperamos que haja uma remuneração, mesmo que com deságio, como é feito na Argentina ou nos Estados Unidos”, salienta o diretor técnico da Aprosoja-MT.

A coordenadora do Núcleo de Tecnologia em Armazenagem da Universidade Federal de Mato Grosso (NTA/UFMT), Maria Aparecida Canepele, revelou durante a apresentação do estudo, que o mesmo começou através de uma especulação sobre a qualidade dos grãos de soja produzidos em Mato Grosso.

"Inicialmente, a pesquisa avaliou um grupo reduzido de cultivares em diferentes regiões para saber a influência das condições climáticas e da temperatura. Constatamos que as variedades nas diversas regiões têm a mesma qualidade, porque não há variação grande de temperatura entre elas”, explicou Maria Aparecida Canepele na apresentação, que revela ainda que a soja produzida em Mato Grosso possui o terceiro maior teor de proteína e óleo, ficando atrás do Piauí e Tocantins.

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