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Soja, milho e carne bovina puxam VBP

Valor deve superar em R$ 1,1 trilhão neste ano


Foto: Eliza Maliszewski

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2021, calculado com base nas informações de agosto, está estimado em R$ 1,106 trilhão, maior 9,7% do que o obtido em 2020 (R$ 1,008 trilhão). 

O valor da produção das lavouras foi de R$ 749,9 bilhões e o da pecuária, R$ 356,5 bilhões. A lavouras tiveram um crescimento de 11,9% em valores reais, e a pecuária, 5,4%. Os produtos que mais impulsionaram o VBP foram o arroz (3,9%), cana-de-açúcar (4,3%), milho (6,8%), soja (28,5%) e trigo (38,6%). Eles respondem por 81% do VBP das lavouras.

Na pecuária, os que mais contribuíram para o aumento do VBP foram carne bovina (6,8%) e de frango (12,5%). O comércio internacional, por intermédio das exportações, tem sido uma variável relevante para o crescimento. Nos primeiros seis meses do ano, o faturamento das exportações de carnes foi de U$ 11,1 bilhões e do complexo soja, de U$ 34,2 bilhões.

Segundo o coordenador da pesquisa, os preços têm sido decisivos este ano. “Considerando as carnes de frango e carne bovina, trigo, soja, milho e algodão, observa-se que esses produtos apresentam os maiores preços dos últimos 17 anos. Observa-se ainda que, o café, obtém neste ano o maior preço recebido pelos produtores dos últimos nove anos” argumenta José Garcia Gasques, coordenador de Avaliação de Políticas e Informação do Ministério da Agricultura.

Por outro lado, há um grupo grande de produtos que vem apresentando contribuição negativa ao VBP. Muitos deles, como banana, batata-inglesa, café, feijão, laranja, tomate, suínos e ovos, têm peso relevante no IPCA. “Por isso, deve haver um acompanhamento mais de perto desses produtos”, alerta Gasques.

A contribuição negativa do café, por exemplo, teve, neste ano, forte queda de produção, em compensação, apresentou elevado aumento nos preços recebidos. “O aumento de preços não evitou uma queda do VBP do café, pois a redução na produção foi muito forte ( -29,6%)”, comenta Gasques.

Os resultados regionais mostram uma liderança do estado de Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que representam 63% do VBP de 2021. Na última posição está o Amapá, com participação de 0,02%. Veja abaixo o ranking:

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