Para alcançar produtividade média de 3.300 quilos de soja por hectare os custos de produção de soja em Mato Grosso, com a terra corrigida e adubada, ficam entre US$ 200 e US$ 300 por hectare. "Aqui a moeda é soja", diz o diretor-presidente da Agropecuária Maggi e da Agrícola e Pecuária Morro Azul, e cunhado de Blairo Maggi, Itamar Locks, que tem de vencer grandes distâncias para administrar as fazendas do Grupo Maggi. "Meu carro é um avião."
Do total plantado com soja, apenas 460 hectares, em Itiquira, são irrigados por pivô central. Este ano, o plantio da oleaginosa atrasou um pouco, por causa da seca. "Desde que chegamos em Mato Grosso, em 1979, nunca teve uma seca tão grande como essa de agora", diz ele. "Em 22 anos, nunca vi seca nesse período", concorda com Locks o produtor de soja Luiz Alberto Gotardo, da Fazenda São Gotardo, em Sapezal (MT), e proprietário revendedora Gomagril - Gotardo Máquinas Agrícolas Ltda., com lojas em Tangará da Serra, Campo Novo, Sapezal e Diamantina.
Conforme observa Gotardo, a região é de terras fracas, mas responde bem à adubação e à tecnologia. "Tem áreas que alcançam até 70 sacas hor hectare, com média de 60 sacas por hectare", diz, lembrando que nos primeiros experimentos, em 1982, a produtividade era de 30 a 35 sacas por hectare. 137 Máquinas - Para trabalhar os 40 mil hectares de soja da Fazenda Itamaraty Norte, na Chapada de Parecis, o Grupo Maggi comprou 137 máquinas agrícolas, entre tratores, colhedoras e plantadeiras. "A negociação foi feita direto com a fábrica", diz Locks. Segundo ele, os investimentos foram de R$ 20 milhões e a compra incluiu 50 colhedoras New Holland, 10 tratores Case, 41 tratores New Holland, além de 36 plantadeiras John Deere 15 linhas. A frota atual de máquinas do grupo é de 125 colhedoras de grãos, 10 colhedoras importadas de algodão (2 Case e 8 John Deere); 100 plantadeiras, 190 tratores, 28 pulverizadores e 4 aviões agrícolas.