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Soja cai no Brasil sem referência dos EUA

Dólar abaixo das máximas da última semana e menor número de compradores, pelo feriado nos EUA


Foto: Eliza Maliszewski

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a segunda-feira (17.02) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação baixando 1,10%, para R$ 87,60/saca (contra R$ 88,57/saca do dia anterior).

“A Bolsa de Chicago permaneceu fechada em virtude do feriado de Dia do Presidente nos Estados Unidos. No Rio Grande do Sul, surgiram referências de compra, mas pouco interesse de venda, com preços abaixo dos que chegaram a ser observados na semana passada, nos momentos de pico do Dólar ante o Real”, apontam os analistas da T&F Consultoria Agroeconômica.

No Porto de Rio Grande, era possível fechar acordos por R$ 87,50 a R$ 88/saca para entrega imediata e pagamento em 12 de março, ante R$ 89/saca no fim da semana passada. “O dólar abaixo das máximas da última semana e o menor número de compradores com o feriado nos EUA deixaram a negociação mais lenta, segundo corretor de Porto Alegre. Nas regiões de Passo Fundo e Cruz Alta, compradores ofereciam R$ 83,50 a R$ 84 por saca para retirada imediata e pagamento em 12 de março, contra R$ 86/saca na sexta-feira”, completa a T&F. 

A safra 2019/2020, dizem os analistas, deve ser colhida a partir do mês que vem e ainda precisa de chuvas para se desenvolver: “Havia chance de negócios por R$ 89/saca para entrega em junho e pagamento no fim de junho, mas vendedores buscavam R$ 91/saca para esses prazos”. 

Em Campo Verde (MT), não houve grandes avanços na comercialização sem a referência da CBOT. Além disso, produtor está mais concentrado na retirada da safra e em entregar soja vendida anteriormente, disse o corretor Vitor Minella, da Meneghetti Corretora de Cereais. Na semana passada, apenas lotes pontuais rodaram por R$ 77/saca FOB para embarque em março e pagamento em abril. Nesta segunda-feira, nem sequer surgiram ideias firmes de compradores com o esvaziamento do mercado. 

“Produtor está pouco preocupado em vender; já pagou a safra e agora, com o dólar alto, está vendo que os preços estão firmes e não tem pressa em negociar mais lotes. O foco agora é a colheita”, afirmou o agente.

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