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Soja esteve entre os melhores investimentos de 2003


Preços da oleaginosa sobem 40% em 2003 na bolsa de Chicago e só ficam atrás do Ibovespa. O melhor investimento de 2003 foi a bolsa, sobre isso não há a menor dúvida. Com alta acumulada de 97%, a variação do Ibovespa, o índice das ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), ocupa o primeiro posto no ranking dos melhores investimentos do ano. O segundo posto, contudo, não foi ocupado por nenhum ativo do prestígio do ouro ou do dólar. A soja foi a segunda melhor aplicação de 2003, com valorização de 39%. Enquanto algumas aplicações deram prejuízo como a moeda norte-americana (-18,2%), os fundos cambiais (-12,3%) e o ouro (-0,8%), outras tiveram rentabilidade inferior à da oleaginosa, como a poupança, que rendeu 11,1%, e o Índice Dow Jones, que agrupa ações das empresas mais negociadas na bolsa de Nova York e subiu 25% no ano passado. Com o ganho acumulado de 39%, a soja teve ganho real sobre a inflação de 8,7% medida pelo IGP-M. "Valeu mais a pena ter soja no armazém que dinheiro no banco", diz Renato Sayeg, diretor da Tetras Corretora. "Pelo terceiro ano consecutivo, a soja teve um aumento real", diz Sayeg. "Nunca se ganhou tanto, criando um estímulo ao plantio da safra 2003/04", diz Odnéia Santos, da consultoria Safras & Mercados. E, pelo que tudo indica, 2004 promete ser um ano, se não tão bom como o anterior, pelo menos igualmente remunerador. Afinal, a demanda continua firme, sobretudo por parte da China, e, após a descoberta do primeiro caso da doença da "vaca louca" nos Estados Unidos, a tendência é de que aumente a demanda por proteína vegetal, utilizada em substituição à animal na ração de bovinos, aves e suínos. "A demanda mundial por farelo e milho certamente aumentará, beneficiando o Brasil", afirma Odnéia Santos. De acordo com uma projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), feita antes da descoberta do mal da "vaca louca" nos EUA, o preço médio da soja na bolsa de Chicago - referencial para o Brasil - deve ser, em média, 18% maior na comparação com 2003, ficando entre 605 e 695 centavos de dólar o bushel (US$ 13,33 a US$ 15,32 a saca). "O Usda certamente revisará os preços para cima no próximo relatório de oferta e demanda", diz um trader. O mesmo deve acontecer com o farelo e o óleo de soja. De acordo com o Usda, o farelo deverá ser negociado a um preço médio 10% maior, entre US$ 185 e US$ 215 a tonelada curta (US$ 203,92 a US4 237 a tonelada métrica). Para o óleo em 2003/04, a agência norte-americana prevê que o preço ficará entre 23,5 centavos e 26,5 centavos de dólar a libra-peso (US$ 518,08 a US$ 584,21 a tonelada), patamar 13,6% maior que o registrado no período anterior.

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