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Soja patina nos EUA com tensão mundial

Reflexos sobre os preços do petróleo e sobre o dólar nos mercados internacionais


O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na quarta-feira (09.05) uma baixa de 4,50 centavos de Dólar no contrato de Julho/18, fechando em US$ 10,1575 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com desvalorizações entre 3,00 e 4,50 pontos.

O mercado norte-americano da soja terminou o dia com perdas nos principais contratos futuros, após esboçar uma reação de alta. De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, isso ocorreu em função das tensões geopolíticas entre os EUA e o Irã, com reflexos sobre os preços do petróleo e sobre o dólar nos mercados internacionais. 

“A alta do petróleo tende a enxugar os recursos das economias dos países, diminuindo o poder das suas moedas e, no caso dos EUA, diminuindo a sua competitividade nos mercados internacionais, inclusive no complexo de soja. Outro fator importante é a expectativa dos dados a serem divulgados pelo USDA nesta quinta-feira. No caso da soja, presume-se que os estoques finais sejam aumentados, diante da disputa dos EUA com o Irã, que reduziu a demanda de produto norte-americano”, comenta o analista Luiz Fernando Pacheco. 

De acordo com a Consultoria AgResource, a especulação se prepara para mais um dia de atualização de relatórios: “Serão publicados os números semanais de ex­portação dos Estados Unidos, juntamente com as novas estimativas da CONAB para a safra e soja e milho brasileiro, encerrando a manhã do dia 10 com as projeções atualizadas de Oferta e Demanda Mundial do USDA. A grande quantidade de novos dados colocará a volatilidade de volta nas operações. Gestores de fundos de investimento estão retraindo o risco aberto, revertendo algumas posições abertas na espera da di­gestão dos números desta quinta-feira”. 

“As exportações estadunidenses deverão ser modestas nesta semana. A ARC estima um total entre 300- 450 mil toneladas de soja norte-americana vendida no período. O baixo volume é originado do baixo interesse chinês na adição de novas com­pras, uma vez que os embates comerciais estão longe de um acordo final. As projeções climáticas para o Cinturão Agrícola americano continuam favoráveis, com chuvas regulares e períodos de céu limpo intercalados”, apontam os analistas da Consultoria. 

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