Soja recua com oferta maior e demanda fraca
O contrato de janeiro fechou em baixa de 0,59%
O contrato de janeiro fechou em baixa de 0,59% - Foto: Agrolink
A soja registrou nova queda na Bolsa de Chicago nesta terça-feira em meio ao enfraquecimento da demanda e à maior competição sul-americana. Segundo a TF Agroeconômica, os preços recuaram diante da ausência de novas compras chinesas e da redução dos impostos de exportação na Argentina, que ampliou sua competitividade no mercado global. O movimento levou a oleaginosa ao menor nível em um mês e manteve o foco dos operadores no cenário de oferta crescente.
O contrato de janeiro fechou em baixa de 0,59%, a 1087,25 cents por bushel, enquanto março caiu 0,68%, para 1098,25. No segmento de derivados, o farelo para dezembro recuou 1,78% e o óleo para o mesmo mês perdeu 0,33%. A pressão foi reforçada pelo relatório de oferta e demanda, que não apresentou mudanças significativas para dezembro e confirmou ampla produção no Brasil e na Argentina nesta temporada que avança para a fase de maturação. O documento descreveu ainda para 2025/26 um quadro global de maior produção, esmagamento mais intenso, exportações menores e incremento dos estoques finais.
A competitividade argentina ganhou peso após o governo reduzir o imposto sobre a soja de 26% para 24% e sobre subprodutos de 24,5% para 22,5%. A medida favorece as exportações do maior fornecedor mundial de farelo e óleo e amplia a oferta ao mercado internacional. Com isso, a disputa pelos compradores asiáticos se intensifica, especialmente porque não houve relatos oficiais de novas compras chinesas de soja americana. Esse conjunto de fatores manteve a tendência baixista em Chicago e reforçou a percepção de excedente no curto prazo.
