Soja recua em meio a incertezas sobre demanda

A sessão desta quarta-feira encerrou com nova queda nos preços da soja, influenciada por sinais divergentes relacionados à demanda externa. O mercado segue pressionado desde o início da semana, em meio a rumores de embarques destinados à China que ainda não receberam confirmação oficial. A ausência de dados concretos mantém os investidores cautelosos e limita movimentos mais firmes nas posições.

O contrato de janeiro recuou 0,80% e fechou a 1115,75 cents por bushel, enquanto março caiu 0,84% e encerrou a 1125,50 cents por bushel. No segmento de derivados, o farelo para dezembro registrou leve baixa de 0,06%, cotado a 308,4 dólares por tonelada curta. O óleo acompanhou o movimento e recuou 1,91%, fechando a 51,35 cents por libra-peso.

Apesar de notícias recentes apontarem a possibilidade de ao menos seis navios carregarem soja americana para a China até meados de dezembro, o mercado aguarda confirmação oficial. Analistas comentam que compras pontuais, quando abaixo do limite exigido, não são imediatamente reportadas, o que contribui para a falta de clareza sobre o ritmo real da demanda. A expectativa se volta para a atualização semanal das vendas externas, que deve trazer números referentes ao período de 24 a 30 de outubro, quando ocorreu a primeira compra do mês por parte da China.

A ausência de novas confirmações levanta dúvidas sobre o alcance da meta de exportar 12 milhões de toneladas ao país asiático até o fim do ano. Até agora, foram reportadas 2,251 milhões de toneladas, volume considerado insuficiente para sustentar uma reversão imediata no comportamento dos preços.