CI

Soja sobe no Brasil e cai em Chicago

Existem mais fatores de alta do que de baixa


Para a baixa se destacam o avanço da colheita na América do Sul e o aumento na disponibilidade mundial, Para a baixa se destacam o avanço da colheita na América do Sul e o aumento na disponibilidade mundial, - Foto: Pixabay

Os preços da soja estão subindo no Brasil e caindo em Chicago, porque o quadro de oferta e demanda interno no Brasil é mais apertado do que o quadro mundial, de acordo com o que informou a TF Agroeconômica. “Enquanto os estoques mundiais aumentaram 21,18 MT nas três últimas safras, segundo o USDA, os estoques brasileiros diminuíram pela metade, no mesmo período”, comenta.

“Isto também significa que o preço das exportações poderá ser menor, no segundo semestre, do que foi no primeiro e que o preço do mercado interno será maior. Mas, se as exportações não escoam a sua parte prevista, poderá sobrar mais soja e isto pressionar os preços internos, não fazendo valer a pena ter guardado o produto”, completa.

Os principais fatores de alta são os sinais de demanda norte-americana, o enfraquecimento do dólar, que favorece a soja americana e encarece a brasileira e a cobertura de posições vendidas pelos Fundos, depois de perda de 3% nas quatro primeiras sessões da semana. “Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores do país relataram venda de 121,5 mil toneladas de soja para destinos não revelados, sendo 13,5 mil toneladas para o ano comercial 2023/24 e 108 mil toneladas para 2024/25”, indica.

Para a baixa se destacam o avanço da colheita na América do Sul e o aumento na disponibilidade mundial, com estoques finais globais cada vez mais altos. “O relatório de abril do USDA projeta estoques finais globais para a safra 23/24 em 114,22 MT, contra 101,31 MT da safra 22/23 e 93,09 MT da safra 21/22”, informa.

“A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou na quinta que a colheita de soja na Argentina alcançou 13,9% da área apta na última semana, avanço de 3,2 pontos porcentuais na semana e atraso de 22 pontos porcentuais em relação à média das cinco temporadas anteriores. O rendimento médio nacional estava em 3.440 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 51 milhões de toneladas. A condição das lavouras de soja na Argentina piorou levemente na última semana. Segundo a bolsa, 77% da safra apresentava condição entre normal e excelente, ante 78% na semana anterior. A parcela em condição regular ou ruim subiu de 22% para 23%”, conclui.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.