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Soja sobe nos EUA com quebra na América do Sul

Brasil teria queda de até 10 milhões de toneladas na exportação, e afetaria principalmente a China


O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na quarta-feira (23.01) alta de 5,75 pontos no contrato de Março/19, fechando em US$ 9,15 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com valorizações entre 5,75 e 6,00 pontos.

Dia de reação nos principais contratos futuros do mercado norte-americano da soja, impulsionados pelas preocupações com as safras de soja na América do Sul. “A grande preocupação do mercado está na redução de praticamente todas as estimativas vindas do Brasil sobre a safra local, duramente afetada pela seca em algumas regiões importantes, como o Oeste do PR, o MS e algumas partes do Centro-Oeste”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica. 

“Isto reduziria o potencial de exportação do país, que cairia das 83,86 MT exportadas na safra passada para não mais do que 73MT na safra 2018/19, uma queda de 10MT ou 12%, que afetaria principalmente a China, tirando-lhe importante vantagem na sua negociação com os EUA. Também a safra de soja da Argentina corre risco de ser reduzida (por enquanto fala-se em 2,0MT, mas as chuvas e as inundações continuam)”, ressaltou o analista Luiz Fernando Pacheco. 

A redução da safra argentina afetaria o fornecimento mundial de farelo e óleo, dos quais são os maiores exportadores mundiais, puxando o grão junto, no último trimestre do ano. “Finalmente, o mercado continua observando as negociações entre China e EUA que, de reunião em reunião, não definem novas compras pelos chineses, não conseguindo, assim, reduzir os altos estoques internos”, concluem os analistas.

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