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Solução para crise da Chapecó Alimentos será debatida amanhã


Nesta terça-feira (06-05), o prefeito de Chapecó (SC), Pedro Uczai, estará no Rio de Janeiro e São Paulo para discutir a nova fase de negociação que pode determinar o fim da crise na Chapecó Alimentos. A intenção dele, que encontra-se com os diretores da empresa e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é acelerar o processo de compra do frigorífico pelo grupo francês Dreyfus/Coinbra. Busca também atender aos avicultores que ainda tem créditos a receber da empresa e que estão com os aviáros vazios.

A Dreyfus, que tinha fechado acordo com o BNDES para arrendar as unidades da Chapecó, pretende, segundo fontes do setor, deixar de lado essa etapa e passar direto para a compra. O principal obstáculo seria a dívida da empresa, avaliada em R$ 190 milhões. Para fechar o negócio, o montante teria que ser renegociado com os credores, alguns deles internacionais. A ação evitaria que bancos estrangeiros pedissem a falência da empresa.

O prefeito de Chapecó, que coordenou o trabalho que culminou com o acordo para o arrendamento, aposta na utilização dos recursos da venda para o pagamento das dívidas. "De posse de uma proposta, a direção da empresa já poderia negociar o resgate da dívida com cada credor", avalia. Uczai entende que, com a dívida saneada, a Dreyfus teria plenas condições de fazer a Chapecó voltar a crescer, tanto no mercado interno quanto no externo. "Trata-se de uma marca forte, com boas unidades industriais", comentou.

Na Chapecó parte dos 4.500 operários está em férias e parte cumpre folga por banco de horas. Os abates estão paralisados, mas alguns setores das fábricas de Chapecó e Xaxim permanecem operantes. A empresa ainda tem produtos em estoque e está realizando vendas. Com esses recursos já encaminhou pagamentos à boa parte dos suinocultores e para alguns avicultores. O desembolso foi de cerca de R$ 5 milhões. O pagamento aos funcionários está em dia. A unidade de Cascavel, no Paraná, foi arrendada provisoriamente para a empresa Globoaves e está voltando a produzir. O contrato é de um ano, mas pode ser rescindido assim que for fechada a negociação de compra da companhia.

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