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Souza Cruz vai dobrar produção de fumo no Nordeste

Empresa prioriza pesquisas do fumo oriental e expande cultivo no interior de PE



Empresa prioriza pesquisas do fumo oriental e expande cultivo no interior de Pernambuco. A Companhia Souza Cruz, uma empresa do grupo inglês British American Tobacco (BAT), prepara-se para dobrar sua produção de fumo no Nordeste, mais exatamente na região de Garanhuns, no sertão pernambucano. É lá que a empresa concentra o cultivo do oriental, um tipo escasso cujo preço no mercado internacional é 50% maior que o do fumo virgínia, o mais utilizado no mundo. "Nos anos 60, começamos a plantar o fumo virgínia no Brasil e superamos os EUA como maior fornecedor mundial. Acredito que o mesmo poderá acontecer com o fumo oriental: temos todas as condições de nos tornarmos o maior produtor mundial, à frente da Turquia", diz João Paulo Gava, gerente do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Souza Cruz, no Rio de Janeiro. As pesquisas de novas variedades do oriental são uma das grandes prioridades do centro, que conta com orçamento anual de US$ 10 milhões. Tradicionalmente, o oriental é misturado com outras qualidades de fumo na fabricação dos cigarros de marcas "premium". Estima-se que de 10% a 20% do consumo americano é de fumo oriental. A Turquia produz 315 mil toneladas anuais de oriental. Neste ano, a Souza Cruz vai colher 1 mil toneladas, volume que poderá aumentar para 2 mil a 5 mil toneladas em 10 anos. Hoje sua produção se concentra em Patos, na Paraíba. Porém estudos de solo e clima mostraram que o entorno de Garanhuns é mais adequado para o oriental. Este fumo se adapta melhor a climas quentes, secos e em solos muito pobres de nutrientes. Após colhida, a folha é seca ao ar livre. A Souza Cruz é a única indústria tabagista com programa de produção do fumo tipo oriental no Brasil. Para aumentar a produção, a Souza Cruz vai aplicar no Nordeste o mesmo sistema de parceria existente no Sul do País. Ela fará parceria com pequenos produtores, a quem fornecerá as variedades a serem plantadas e financiará todo o custo de produção, em troca da colheita. No Nordeste, já há mil integrados, que plantam em mil hectares. A Souza Cruz já está com uma equipe técnica a campo tentando convencer mais pequenos agricultores a aderirem à cultura. Com as pesquisas em novas variedades, a Souza Cruz estima que pode elevar a produtividade, hoje em 760 quilos por hectare, para até 5 mil quilos nos próximos anos. "Estamos aprimorando o perfil agronômico e de qualidade da folha. Nossa meta é, no futuro, também exportar essa produção", diz Gava.

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