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Stephanes avalia resultados da visita ao México

Segundo o ministro Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, até o fim do ano mais três plantas de lácteos devem passar a exportar para o México


O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, disse nessa quarta-feira (08-08), em coletiva à imprensa, que até o fim do ano mais três plantas de lácteos devem passar a exportar para o México. Na entrevista, Stephanes comentou os resultados da missão realizada pelo Mapa àquele país, entre os dias 30 de julho e 6 de agosto. De acordo com Stephanes, a iniciativa foi bem-sucedida em retomar discussões sanitárias com o México, paralisadas há dois anos.

“Devemos trabalhar mais próximos aos mexicanos nas questões sanitárias, de pesquisa e de agroenergia”, comentou o ministro. Além de um acordo assinado entre Stephanes e Alberto Cárdenas, ministro da Agricultura do México, os serviços sanitários dos dois países acordaram em criar um grupo de trabalho, com a primeira reunião prevista para novembro deste ano.

Além disso, deve haver visita de técnicos mexicanos para conhecer indústrias de lácteos e o sistema de defesa brasileiro. Apenas duas fábricas de laticínios exportam atualmente para o México. “A visita significa que o Brasil está mais perto do mercado do Nafta”, afirmou Inácio Kroetz, secretário de Defesa Agropecuária do Mapa. “Isso demonstra que estamos no caminho certo para conquistar mercados exigentes”.

Em relação ao foco de aftosa diagnosticado recentemente no Reino Unido, Stephanes afirmou que o incidente não deve alterar o cenário das exportações brasileiras. “Somos um grande exportador e continuaremos crescendo independente disso”, afirmou.

De acordo com Kroetz, o Brasil não importa animais vivos e material genético do Reino Unido desde 1990, quando foram descobertos casos de vaca louca na Inglaterra, e por isso não há risco de contaminação. “Essa foi uma questão isolada e o governo do Reino Unido já está tomando as medidas previstas pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) nesses casos”, comentou o secretário.

De acordo com decisão recente da OIE, em casos de focos de aftosa, é preciso estabelecer uma área de contenção - distante três quilômetros do foco – e uma área de vigilância, numa área de dez quilômetros em torno do foco.

O secretário de Defesa afirmou ainda que um novo relatório técnico sobre a situação da aftosa no Mato Grosso do Sul deve ser levado ao Comitê Técnico e Científico da OIE ainda em setembro deste ano. “Para isso, uma nova sorologia deve ser feita até o final deste mês”, explicou. “Caso o resultado da avaliação seja favorável, a região poderá recuperar o reconhecimento internacional da sua situação em relação a aftosa”, finalizou.

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