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Stephanes vem a Mato Grosso e se reúne com os produtores

Neste ano, MT terá de escoar 75% da produção da sua maior


Representantes da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) vão se reunir neste sábado, com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes, que participa da Exposição Agropecuária de Lucas do Rio Verde (Expolucas), na região médio norte do estado. Durante o encontro, o ministro receberá informações das dificuldades para armazenar o milho safrinha e escoar a produção da região. Nesta safra, Mato Grosso colhe sua maior safrinha e assume a liderança na produção do milho 2ª safra, com estimativa de produção de mais de 7,1 milhões de toneladas. Desse volume, como prevê a entidade, 75% terá de ser escoado para fora do Estado.

No encontro, será entregue documento reforçando a necessidade da continuidade dos leilões de milho. Participarão da reunião com o ministro, o vice-presidente norte da Aprosoja/MT, Neri Geller, o coordenador do Núcleo da entidade em Lucas do Rio Verde, Carlos Fávaro, e o coordenador do Núcleo em Sorriso, Nelson Piccoli.

A previsão é que a produção de milho, em Mato Grosso totalize 7,14 milhões de toneladas na safra 2008/2009. Com a estimativa de 2 milhões/t destinados ao consumo interno e mais 1,418 milhão/t negociado por meio de leilões de Opção no início do ano, ainda existe um saldo de 5,223 milhões de toneladas para serem escoadas (incluindo estoque de passagem de 1,5 milhão/t), o que representa cerca de 75% do total a ser colhido.

No volume de 5,223 milhões/t estão incluídas as 640 mil toneladas comercializadas via leilões de Pepro e PEP, mas que ainda estão armazenadas no Estado. O levantamento é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária (Famato).

"É preciso entender que o produtor investiu na produção de milho este ano porque o governo federal sinalizou com apoio mais incisivo ao realizar os Contratos de Opção. Isso levou o agricultor a ganhar confiança sobre o plantio da safra 08/09", afirma o presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira da Silva.

"O resultado obtido com a safra de milho tem sido utilizado para financiar a safra de soja. O milho virou moeda de troca", pontua o superintendente do Imea, Seneri Paludo.

PRÉ-PLANTIO - Com o posicionamento do governo federal sobre o apoio à safra de milho, a estimativa inicial de queda na produção do cereal este ano relação ao ano passado, se transformou em previsão de aumento. O Imea prevê produção de 7,14 milhões de toneladas este ano ante 7.016 milhões/t da safra 07/08, o que corresponde a uma alta de 1,76%. A área plantada é de 1,687 milhão de hectares contra 1,656 milhão/ha, respectivamente.

Além do aceno da União, os produtores estaduais tiveram um clima favorável à cultura, que garantiu chuvas justamente no momento de desenvolvimento das espigas. Mesmo economizando na aplicação dos fertilizantes, há regiões do médio norte onde a produtividade passou de 70 sacas por hectare no ano passado, para até 100 sacas.

Em função da baixa rentabilidade do milho, a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), anunciou ontem, que o grão perderá espaço na próxima temporada (09/10), para dar lugar à soja.

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