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Superávit-MT representa 59% do nacional


MARIANNA PERES

Mato Grosso registrou até setembro desse ano um superávit acumulado na balança comercial de US$ 9,31 bilhões, cifras que embutem mais um recorde histórico à série local. As cifras representam 59% do superávit nacional de US$ 15,72 bilhões no mesmo período.


Como explica o sócio-diretor da PR Consultoria, em Cuiabá, o economista Carlos Vitor Timo Ribeiro, no período analisado, o saldo comercial de Mato Grosso – exportações menos as importações - registram incremento anual, entre os acumulados, de 32,7%, “em contraponto à queda de 31,8% no saldo externo do país. Tal desempenho continua mostrando bem a importância de nossa economia na

geração de divisas e em especial nesse ano, por sermos o 3º maior saldo do país, superado apenas por Minas Gerais e o Pará que registraram US$ 16,19 bilhões e US$ 9,42 bilhões, respectivamente”. O saldo estadual passou de US$ 7,02 bilhões para US$ 9,31 bilhões, originando a alta de 32,7.

Como explica, o recorde do superávit é motivado pelo recuo das importações. “As nossas exportações acumuladas de US$ 10,39 bilhões aumentaram 26,7% em relação aos US$ 8,20 bilhões do mesmo período de 2011. Já as importações caíram 9,3% saindo de US$ 1,18 bilhão do ano passado para US$ 1,07 bilhão nesse ano o que contribuiu para o aumento do saldo comercial”.

No ranking dos estados, Mato Grosso retorna a 7ª posição, no entanto, registra a maior taxa de crescimento em relação à participação no total brasileiro. “Saímos de 4,23% em igual período do ano passado para 5,7%. Com essa performance superamos estados importantes como Espírito Santo, Bahia e Santa Catarina”, avalia o economista.


Os valores acumulados nos últimos nove meses, como destaca Timo Ribeiro, mostra que houve forte concentração na pauta exportadora, com expressivo crescimento da participação dos produtos do complexo soja (grão, óleo e farelo) que avançaram 5,4 pontos percentuais, representando mais de 70%

do valor total. “A pauta estadual está concentra em três produtos, o complexo soja que responde por 71,9% da receita, seguido do complexo carnes com 9,1% (ante 11,9%) e o milho com participação de 10,6% do faturamento de mais de US$ 10,39 bilhões das exportações estaduais”.

CÂMBIO – Por mais um mês seguido, as exportações mato-grossenses encerram com ganho cambial, ou seja, beneficiadas pela valorização do dólar frente ao real. Como destaca Timo Ribeiro, a média do dólar nos noves meses de 2012 é de R$ 2,028, ante uma média de igual período de 2011 em R$ 1,749, ganho de 16%.

“Com o dólar de setembro/2011 as exportações totalizariam R$ 18,17 bilhões, contra R$ 21,07 bilhões ora registrados com o dólar de setembro/2012 daí a diferença positiva de R$ 2,89 bilhões que denominamos ganho cambial”.

Ainda como frisa, “é importante registrar que tal resultado é a recuperação das ‘perdas cambiais’ do ano passado e representa muito para o setor exportador mato-grossense, que responde por mais de 30% do nosso PIB”.

A apreciação de 16% do dólar frente ao real, no período é a explicação do “efeito estatístico” desse resultado altamente positivo.

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