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Supereficientes em leite produzem 28,76 litros/vaca/dia

Fazendas certificadas com o selo Bem-Estar Animal têm desempenho superior


Foto: Pixabay


A 9ª edição do Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB-9), avaliou 1.130 rebanhos leiteiros no país e observou o desempenho da produtividade média. Os resultados mostram que o produtores de leite supereficientes estão cada vez mais produtivos do que a média do setor no país. “Os bons, sejam pequenos, médios ou grandes, estão ficando mais eficientes e crescendo”, afirma Heloise Duarte, responsável pelo levantamento.

Os produtores que estão entre os melhores foram 10% mais eficientes do que a média em todos os doze indicadores avaliados, sendo que em seis deles a eficiência foi 20% maior.

Um deles é a produção. Na média as fazendas avaliadas produziram 23,44 litros por vaca por dia. Os mais eficientes produziram 22,7% a mais, com 28,76 litros/vaca/dia. A taxa de prenhez, o número de vacas que emprenham em relação ao número de vacas aptas a emprenhar foi 47,0% maior. Nas fazendas top vacas e bezerras morrem menos e iniciam seu período de lactação mais cedo. 

Os 1.130 rebanhos analisados no IILB-9 somam 298 mil matrizes, responsáveis pela produção de 5,8 milhões de litros de leite por dia (ou 2,1 bilhões de litros por ano, o equivalente a 6,3% de todo o leite do país). Isso quer dizer que são fazendas com um grau razoável de gestão. Para participarem do levantamento, precisam gerar números com regularidade, o que só fazendas que usam softwares de gestão conseguem fazer. “Se a diferença de produtividade entre as fazendas tecnificadas está assim, imagine o que deve acontecer entre essas e aquelas em que a gestão não existe ou não é ideal”, alerta Heloise.

O IILB também oferece um índice geral calculado por média ponderada dos 12 indicadores de produtividade. No IILB-9, os top 10% alcançaram nota de 7,27 pontos, em 10 possíveis. “O lado positivo é que todos os produtores estão melhorando um pouco”, diz Heloise. “Na média, o índice alcançou 4,50 pontos, a melhor pontuação desde março de 2019, quando o IILB foi lançado e quando o índice foi de 3,94 pontos”, lembra ela.
 
O índice também fez uma análise adicional, comparando dados de eficiência de fazendas com o selo Bem-Estar Animal, concedido pelo programa de certificações #bebamaisleite. “O resultado confirma o que prevíamos: há ganhos de eficiência e qualidade nas fazendas certificadas”, informa Heloise Duarte. “Isso é importante porque o conceito de boas práticas produtivas ganha força na opinião pública e já há consumidores dispostos a comprar produtos certificados com esses quesitos.”

Entre os rebanhos avaliados no IILB-9 estão nove fazendas certificadas. Nestas a taxa de mortalidade de vacas (19%), foi significativamente menor. A taxa de prenhez foi 18% superior à média geral. A taxa de prenhez engloba a taxa de concepção e a taxa de serviço e reflete, de forma muito clara e rápida, o resultado de todos os manejos da fazenda, não só os reprodutivos. Além disso, tem enorme impacto na rentabilidade do sistema de produção. A taxa de sobrevivência de bezerras, importante indicador no qual as fazendas certificadas apresentam números 8,38% melhores. 
 

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