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Surge novo tipo de confinamento na cadeia produtiva do boi

Um novo tipo de confinamento está surgindo na cadeia produtiva do boi. É uma espécie de parceria entre frigoríficos e criadores


Um novo tipo de confinamento está surgindo na cadeia produtiva do boi. É uma espécie de parceria entre frigoríficos e criadores. Saiba como isso está sendo feito em São Paulo.

A boiada atravessa a rodovia rumo ao confinamento na fazenda Jequitibá, em Porto Feliz. De longe da para ver as instalações que abrigam 6,4 mil cabeças. A todo o momento, também chegam ingredientes da ração: polpa cítrica, bagaço de cana, cevada, e farelo de milho e soja.

A ordem é dar comida a vontade para os animais. Cada boi tem que comer, pelo menos, dezesseis quilos de ração por dia. Para alimentar 6,4 mil cabeças são necessárias mais de cem toneladas de ração diariamente.

A unidade de Porto Feliz pertence a um dos maiores frigoríficos do país. Existem outras três iguais pelo Brasil. A empresa está confinando este ano 40 mil bois como estratégia para não ter de enfrentar as variações do mercado. Foi o que disse o gerente de pecuária, Luciano Andrade.

“Para a gente conseguir trabalhar dentro da escala. Em uma situação em que a escala não está sendo preenchida, o frigorífico tem de onde sacar esses animais de forma a trabalhar com as unidades frigoríficas dentro do potencial econômico dela, em que ela se torne mais viável economicamente”, falou Andrade.

Além de engordar os próprios bois, o frigorífico está firmando parcerias com os criadores que não têm confinamento próprio. Eles mandam o gado para o frigorífico, que engorda e, na época do abate, paga o preço da arroba de boi gordo e mais um percentual como incentivo. Quando o pecuarista entrega, por exemplo, um boi magro com 13 arrobas, ele vai receber no abate o valor das 13 arrobas, calculadas como se fossem de boi gordo, mais um bônus de 13,5% sobre o peso final do boi, com base no preço do dia.

Dessa forma, o pecuarista que fornece boi magro tem uma série de vantagens. Entre elas, não ter de gastar dinheiro para engordar o rebanho em época de pasto escasso.

O pecuarista Miguel Menezes firmou parceria com o frigorífico e está engordando 200 bois no confinamento em Guapiaçu, no noroeste de São Paulo.

“A principal vantagem é que eu não preciso ter o confinamento dentro da propriedade. Eu foquei a recria de animais a pasto, que entendemos como atividade que nos traz a melhor margem, e acabo levando para o parceiro esses animais para ser terminados em regime de confinamento”, explicou Menezes.

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