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Suspensas vendas de 33 azeites de oliva fraudados

Mapa constatou que a maioria foi feita com a mistura com óleo de soja e óleos de origem desconhecida


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu a comercialização de trinta e três marcas de azeites de oliva. Foram identificadas fraudes em 59 lotes, com adulteração incluindo misturas com óleo de soja e outros desconhecidos.

O trabalho é resultado da Operação Ísis, que começou em 2016. Os resultados divulgados referem-se a coletas realizadas em 2017 e 2018. O processo de análise é mais demorado porque envolve análises criteriosas de laboratório, notificação dos fraudadores, perícias, períodos para apresentação de defesa e julgamentos em duas instâncias administrativas.

Segundo o Coordenador de Fiscalização de Produtos Vegetais do Mapa, Cid Rozo, praticamente não existe mais estoque no mercado desses lotes que foram reprovados, pois os remanescentes foram destruídos após o julgamento dos processos administrativos. No entanto, é possível que os consumidores encontrem ainda outros lotes das mesmas marcas. Embora os supermercados tenham sido alertados quanto às marcas que sistematicamente produzem azeite fraudado, muitos comerciantes ainda insistem em vender esse tipo de produto em razão do baixo preço.

O Coordenador-Geral de Qualidade Vegetal do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), Hugo Caruso, explica que se for verificado algum indício de fraude durante a fiscalização nos estabelecimentos de distribuição, o Ministério já determina a suspensão da comercialização no varejo até que sejam realizados exames laboratoriais. Se confirmada a irregularidade, o comerciante, embalador, importador ou produtor podem ser autuados por comercializar produto irregular.

Usualmente, os fraudadores não têm endereço conhecido. Por isso, o Mapa passou a autuar os supermercados e com essa medida espera-se que seja reduzida a oferta de produtos fraudados. “Estava cômodo para os supermercados justificarem que compraram o produto de um distribuidor e por isso não tinham responsabilidade", explica Caruso.

As marcas que praticaram fraudes foram: Aldeia da Serra, Barcelona, Casa Medeiros, Casalberto, Conde de Torres, Dom Gamiero, Donana (premium), Flor de Espanha, Galo de Barcelos, Imperador, La Valenciana, Lisboa, Malaguenza, Olivaz, Oliveiras do Conde, Olivenza, One, Paschoeto, Porto Real, Porto Valencia, Pramesa, Quinta da Boa Vista, Rioliva, San Domingos, Serra das Oliveiras, Serra de Montejunto, Temperatta, Torezani (premuim), Tradição, Tradição Brasileira, Três Pastores, Vale do Madero e Vale Fértil.   

O Portal Agrolink já mostrou em vídeo que um novo painel sensorial de azeites está sendo treinado para constatar fraudes no paladar. O grupo foi formado no Rio Grande do Sul. Também demos dicas de como evitar comprar um produto fraudado. Confira:

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