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Tecnologia inovadora em confinamento

Sistema permite confinar até 70 animais com o uso de um cocho de 4,2m


Sistema permite confinar até 70 animais com o uso de um cocho de 4,2m


Durante o Confinar 2012, simpósio Sul-mato-grossense de Confinamento de Gado, realizado em Campo Grande (MS), vários temas foram discutidos objetivando otimizar este sistema de produção. No evento, foram 542  inscritos, contando com 90 expositores e 452 congressistas, entre estudantes, técnicos e produtores rurais. Entre os temas discutidos está o sistema utilizado na Agropecuária Piravevê, do pecuarista Adélio Crippa, que diz estar confinando até 70 animais em uma área de 10 metros de largura por 120 de comprimento, alimentando-os sete por vez em um cocho de 4,2 metros. Você pode até franzir a testa e estranhar, mas este é o sistema utilizado na Agropecuária, onde realizado o ciclo completo (cria, recria e engorda) da raça brangus.


O confinamento da Fazenda Piravevê tem oito piquetes, quatro de cada lado, com dimensões de 10m x 120m. Cada baia comporta de 60 a 70 animais entre machos e fêmeas. São dois cochos por piquete um para a silagem de sorgo (complementada com um concentrado) e outro para o sal. Assim, os animais revezam entre um e outro e não superlotam nenhuma das áreas. Os tratos diários alimentares são três: 7h30, 12h e o terceiro e último começa às 15h e termina às 17h, servindo três carretas de silagem. Desta forma, há alimento disponível até a parte da manhã para que não haja interrupção na oferta de comida, nem durante a noite. Como a estrutura é compacta e o custo menor, o pecuarista investiu em construir coberturas para os cochos, ou seja, a chuva não prejudica a qualidade da silagem.

O confinamento permite à fazenda terminar novilhos precoces, com 18 arrobas aos 18 meses. De acordo com o produtor, seu produto não atende ao pecuarista, atende quem compra, que é o frigorífico. Entre as características do cocho, a passarela entre os piquetes, por onde passa a carreta com a silagem, está elevada cerca de 1,7 metros dos cochos e, por isso, não há possibilidade do boi jogar comida para fora, evitando desperdício. Já a telha da cobertura tem no centro seu ponto mais alto, fazendo assim com que a água escoe para os lados do cocho e não caia sobre a traseira do boi.

Uma das palestras de interesse dos confinadores apresentadas durante o Confinar 2012 foi o ‘Planejamento nutricional e análise técnicoeconômica no confinamento‘, apresentada pelo engenheiro agrônomo Paulo Araripe, especialista em produção pecuária, nutrição animal e manejo de pastagens. Entre os tópicos de sua palestra estão a interferência do cenário econômico (preços de insumos, principalmente) no planejamento do pecuarista para o confinamento. Segundo ele, a interferência é direta, isso porque o planejamento é uma ferramenta que parte do princípio que vamos considerar todas as variáveis para definir as nossas posições frente aos  investimentos e a manutenção deles. Dentro deste contexto, o cenário econômico local, regional e global é  extremamente influente no planejamento.


Já em relação aos pontos considerados mais estratégicos, estão: ter em mãos projeto agropecuário que garanta praticidade no operacional, fazer planejamento nutricional, cercar-se de assistência técnica agronômica ; adquirir animais na melhor condição comercial possível, etc.

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