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Terceiro alerta de nível do rio Paraguai é emitido por pesquisador da Embrapa Pantanal

Por Carlos Roberto Padovani, pesquisador da Embrapa Pantanal



*Atualização foi feita devido à quantidade de chuvas na região

O pesquisador da Embrapa Pantanal Carlos Roberto Padovani lançou nesta sexta-feira, dia 23, o terceiro alerta de nível do rio Paraguai para 2014. De acordo com Padovani, o nível do rio na região de Ladário deverá ultrapassar a marca de 5,5 metros, podendo chegar a cerca de 6 metros em meados de junho.

A causa do novo alerta, segundo o pesquisador, é a grande quantidade de chuvas que tem caído no Pantanal como um todo – principalmente no caminho das águas que vai da região norte para a região sul, indo até Ladário. “Isso deve fazer com que o rio Paraguai, ao invés de perder água para a planície, acabe até ganhando água tanto da planície quanto do rio Cuiabá/São Lourenço”, afirma Padovani. 

De acordo com o pesquisador, as cheias em que o nível do rio Paraguai atinge de 5 a 6 metros não são raras. Ele afirma que desde o início das medições, no ano de 1900, até 2014, 34% das inundações tiveram o nível do rio registrado entre esses valores. Nos últimos 40 anos, essa porcentagem sobe para 40%. “A cheia deste ano pode ser comparada às de anos semelhantes, como 1974, 1985, 1989, 2006 e 2011”.

Padovani afirma ainda que os ribeirinhos, criadores de gado e arrendatários devem considerar não apenas o nível do rio, mas também a duração dessa cheia e as regiões que devem ser inundadas. “Quando as inundações são grandes, com água vindo de várias fontes – como no caso da região do Porto da Manga até a região do Porto Esperança – o esperado é que elas se prolonguem por mais tempo”.

Por isso mesmo, a recomendação do pesquisador para quem irá procurar refúgio nas regiões mais altas é que se tenha cautela. “Muitas vezes, no Pantanal, a região mais alta pode se transformar em uma ilha, rodeada por uma inundação que pode se prolongar”, afirma Padovani. “A Estrada Parque, por exemplo, já tem trechos com água e há uma chance muito grande de ela se isolar”, finaliza.

Mais informações e o acompanhamento da situação das cheias no Pantanal podem ser acessados na página GeoHidro-Pantanal, mantida pelo pesquisador e por colaboradores no Facebook, através do link:
https://www.facebook.com/pages/Geohidro-Pantanal/593932390647332?fref=ts

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