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Tocantins terá curso de aviação agrícola


Os pilotos e técnicos agrícolas e executores da aviação agrícola do Tocantins não precisam mais sair do Estado para fazer curso de capacitação. Eles terão pela primeira vez, a oportunidade de participar de um evento local, nos dias 19 e 23 do próximo mês de outubro. Os profissionais coordenadores da atividade, por sua vez têm agendada a primeira capacitação em 2.010. Esses são os primeiros resultados da reunião nacional de aviação agrícola sediada em Lagoa da Confusão essa semana, dias 12 e 13, realizada pela Superintendência da Agricultura/Mapa. Durante dois dias, o encontro reuniu proprietários rurais, empresários da aviação agrícola, donos de empresas do ramo, pilotos agrícolas.

O encontro contou com as presenças de representantes de áreas afins de todo o país. Pelo menos trinta fiscais federais agropecuários de outros estados participaram do encontro. A programação contou com palestras, debates e demonstrações. “Ficou demonstrado que a aviação agrícola é uma atividade produtiva”, avaliou o chefe do serviço de Fiscalização Agropecuária da SFA (Mapa), José Dourado Júnior. Dourado comentou que o vôo agrícola demonstrativo, ao final do evento, marcou um dos pontos máximos do encontro.

Uma fazenda a região de Lagoa, a 10 quilômetros da cidade, serviu de modelo para a comprovação, conforme ele, de que numa operação de vôo agrícola o número de gotas que caem por centímetros quadrados de plantação é inferior aos modelos tradicionais utilizados para a aplicação de agrotóxicos.

Dourado ressalta no balanço que faz da reunião, que o maior beneficio da aviação agrícola está na diminuição do volume de agrotóxicos nas lavouras. Isso foi destacado pelos palestrantes, que conforme relata o chefe de fiscalização da SFA/Mapa, avaliaram o evento como uma iniciativa oportuna. Ele ressaltou que os convidados vindos de outros estados, declararam que estavam copiando o modelo da reunião para levar para suas regiões. “Todos acharam o evento impecável”.

Os visitantes ressaltaram também, segundo Dourado que a escolha de Lagoa, uma das grandes produtoras de arroz do Tocantins, para sediar a reunião, foi avaliada positivamente pelos especialistas convidados. Segundo relatório do chefe de fiscalização a o tipo de lavoura causou admiração. A primeira reunião nacional de aviação agrícola no Tocantins acontece num momento que as ações que envolvem ou afetam de alguma forma o meio ambiente, precisam ser a priori comedidas e analisadas.

Alguém que não sabia por exemplo que um trator pode gastar durante a pulverização de uma lavoura, até 50 litros de calda de agrotóxicos por hectare, enquanto um avião usa em média dois até 10 litros/ha. Além disso, o trator amassa a lavoura. Isso significa que além de colocar o produto no lugar certo, na quantidade certa, hora certa, o resultado será positivo e o meio ambiente agradece.

O preço cobrado pela pulverização em trator custa mais ou menos o mesmo preço cobrado por uma operação aérea. Isso significa que a utilização da aviação agrícola promove ganho de produtividade, redução de custo porque é possível pulverizar áreas maiores em espaços menores dentro de toda legalidade que os instrutores de vôo sejam capacitados. Essas são algumas das vantagens da a aviação agrícola, tecnologia que vem sendo cada vez mais utilizada nas lavouras do Estado, pela efetividade da operação.

A prática da aviação agrícola seja pelo produtor rural que demanda a aplicação, seja por parte da empresa prestadora dos serviços, devem reger por uma legislação específica que envolve órgãos ambientais, e ainda, o MPF. Esses foram alguns dos ensinamentos passados ao público que participou da primeira reunião nacional de aviação agrícola, realizada em Lagoa da Confusão, dias 12 e 13. José Dourado Júnior, chefe do serviço de Fiscalização Agropecuária da SFA – MAPA, explicou que a aviação agrícola pode ser usada nas várzeas tocantinenses como em Lagoa da Confusão, e Formoso do Araguaia, Dueré, Guaraí, Pedro Afonso, Campos lindos e até no Bico do Papagaio onde tem cultura de bananeira.

Nesses lugares o plantio é irrigado por inundação e o avião possibilita a aplicação de defensivos agrícolas. Conforme José Dourado, quatro empresas especializadas em aviação agrícola atuam no Tocantins e outras seis estão com processo em andamento na Agência Nacional de Aviação Agrícola (ANA). Conforme explicou Dourado, a fiscalização do Mapa consiste em verificar a quantidade adequada e forma correta de defensivos e ainda monitora o clima (temperatura, umidade do ar e velocidade do vento).

O chefe do serviço de Fiscalização Agropecuária da SFA explica que a equipe de pulverização agrícola deve estar composta por um responsável técnico, o engenheiro agrônomo e o executor técnico que acompanha no campo. Aplicação e quantidade e tipo de cultura e tipo vai depender do cultivo. Dourado observa que as multas da aviação são muito maiores, por isso ninguém deixa de cumprir as regras.

O que muitos ainda não sabem é que a aviação agrícola combate incêndios. Um exemplo que deveria ser utilizado a aviação agrícola, sugere o fiscal do Mapa, são os incêndios no Jalapão; uma brigada dizimaria o fogo sem causar danos.

A técnica de combate através do vôo é adotada pela equipe de campo que conta com o âncora, praticamente coordena a operação, que por sua vez, consiste em cercar o fogo, criar barreira –se utiliza um acero químico com material de espuma para não deixar o fogo passar. É um convênio que se faz sobre as empresas agrícolas. Na época de risco seria interessante a equipe ficar alerta para a probabilidade de infestação.

Adubação é outra função da aviação agrícola, no plantio de pastagens gramíneas. Combate a vetores da dengue. Já existem lugares no país onde deram bons resultados.

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