Os futuros de soja de novembro atingiram novas máximas nesta quinta-feira em meio a relatos de negócios adicionais à China, apesar do feriado no país, compensando uma grande estimativa de safra brasileira 2020/21 da agência estatal Conab, afirmou a TF Agroeconômica. “Mas os futuros caíram ainda mais ao longo da curva a partir de março, em meio a uma compra tomada de lucro e posicionamento antes do relatório Wasde de amanhã, juntamente com os temores de um atraso na safra brasileira”, comenta.
“No início do dia, um aviso de vendas de exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou vendas recentes de 374.000 toneladas para a China, com um adicional de 152.404 toneladas para o México e 132.000 t para destinos desconhecidos. Juntamente com os editais anteriores da semana, isso eleva as vendas totais até agora para mais de 1 milhão de toneladas”, completa.
As vendas de exportação da semana passada, com o USDA reportando volumes totais de 2,59 milhões de toneladas para 2020/21, ultrapassando por pouco as expectativas dos analistas de 1,5-2,5 milhões de toneladas com a China reservando 1,53 milhão de toneladas também tem influência. “Enquanto no Brasil, a agência de estatísticas alimentares do país Conab divulgou suas primeiras estimativas para novas safras de milho e soja, reduzindo a produção de soja em uma produção de 133,7 milhões de t, um aumento de 7,1% em relação ao ano passado, depois de uma forte campanha de vendas pelos agricultores do país”, informa.
“Mas os atrasos no plantio continuaram a inverter os contratos de janeiro e março para uma alta de 22 c/bu, acima dos 19 c/bu de ontem, à medida que os temores de que a colheita do Brasil poderia ser empurrada ainda mais para abril”, conclui.