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Trabalho escravo nos canaviais é contestado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido alertado sobre as condições de trabalho na produção de cana-de-açúcar


O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, rechaçou nessa terça-feira (17-07) as críticas de países estrangeiros de que o etanol brasileiro é produzido sob o manto do trabalho escravo. Ele desafiou quem consiga provar que as fazendas mantêm mão-de-obra escrava. A resposta veio logo em seguida, do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, que tem alertado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as condições de trabalho na produção de cana-de-açúcar.

Durante a visita do presidente Lula a Bruxelas, em junho, os europeus advertiram que não vão importar etanol do Brasil se a produção for feita por trabalhadores em condições análogas à escravidão e sem proteção ambiental. "A propaganda no exterior, em vez de dar os parabéns ao Brasil por cuidar de alternativas de geração de energia não poluentes, inventa coisas que servem para desgastar a imagem do nosso País", disse Skaf.

"Não adianta enfiar a cabeça no buraco e fingir que o trabalho escravo não existe", rebateu Santos. Ele disse que existe sim trabalho escravo, não só nos rincões do País, mas também em São Paulo. Ele afirmou que em algumas plantações, canavieiros morrem de exaustão por trabalhar 15 horas por dia para receber um salário-mínimo.

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