Trabalho revela processo de refino do óleo vegetal
Pesquisa documenta as etapas do refino do óleo vegetal e propõe maneiras de aprimorar esses processos
O único óleo vegetal isento de produtos químicos é o extraído da azeitona, o azeite extra virgem. Os demais foram expostos a químicas e a elevadas temperaturas, às vezes com efeito nocivo à saúde. Com a intenção de descrever os procedimentos realizados pela indústria de óleos comestíveis para remover a acidez e o odor presentes no óleo bruto, a engenheira de Alimentos, pela Unicamp, Roberta Ceriani, preparou uma trabalho com o título "Simulação Computacional de Processos de Desodorização e Desacidificação de Óleos Vegetais", com o qual obteve o título de doutora.
O trabalho de Roberta foi premiado pela Fundação Bunge, instituição que anualmente avalia e premia trabalhos da área acadêmica que contribuem para o desenvolvimento tecnológico do País. O objetivo da pesquisa foi documentar as etapas do refino do óleo vegetal e propor maneiras de aprimorar esses processos, tendo como meta principal a qualidade do produto final, sem deixar de considerar a eficiência da industrialização e as eventuais perdas resultantes desses processos.
Roberta explica que os óleos extraídos de grãos, como de soja, em seu estado bruto contém resíduos, odor forte e acidez elevados. Para tornar o produto aceitável, do ponto de vista do consumidor, a indústria do setor submete o óleo a processos que, em algumas situações leva à formação de gordura trans, ou causa a evaporação do produto, o que compromete a eficiência do processo.
O estudo desenvolvido por Roberta é inédito. Pela primeira vez esses processos industriais foram catalogados e analisados. O propósito foi colocar à disposição da indústria informações disponíveis na literatura.