CI

Traders chineses montam plano de contingência

Plano de retaliação chinesa pode envolver futuramente a soja


Compradores chineses de soja junto a parceiros americanos estão montando um plano de contingência para assegurar o fornecimento de matérias-primas críticas no caso de um arrefecimento da guerra comercial entre os dois países. Os movimentos dos Estados Unidos são um grande sinal para as empresas no país mais populoso do planeta para que preocupem com uma possível retaliação chinesa que impeça a compra de soja.

Ao menos duas tradings chinesas começaram a comprar mais farelo de canola, um ingrediente alternativo utilizado para ração, no caso de que a soja seja alvo de retaliação por Pequim, fontes familiarizadas com o assunto afirmaram. “É uma escolha óbvia de buscar outras fontes de proteína. Nós estamos comprando mais farelo de canola, por exemplo”, disse uma das fontes.

Como uma camada extra de proteção, algumas empresas também começaram a incluir cláusulas de cancelamento de contratos com fornecedores americanos dando a eles esse direito se necessário. Uma outra fonte teria informado à Reuters que comprariam mais grãos secos de destilaria com solúveis (DDGs), um subproduto do etanol usado como ingrediente de rações. A companhia também estaria considerando aumentar as compras do Brasil.

As fontes não quiseram se identificar publicamente e não quiseram revelar mais detalhes das futuras transações. A penalização contra a soja seria uma arma poderosa de Pequim porque é o principal produto exportado pelos Estados Unidos à China e afetaria principalmente Iowa, um estado que apoio fortemente Donald Trump nas eleições de 2016.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.