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Transplante de tabaco chega a 70% da área no Sul do Brasil

As plantas se desenvolvem bem, apesar de o clima não estar muito favorável à cultura


A safra de tabaco 2019/20 segue a todo vapor nas propriedades fumicultoras do Sul do Brasil. De acordo com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a expectativa é cultivar em torno de 295 mil hectares – mesma área plantada na etapa anterior. “A conclusão da nossa estimativa teremos somente no início de outubro”, afirmou o presidente da entidade, Benício Albano Werner. Até o momento, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, os fumicultores atingiram 70% do transplante das mudas para as lavouras.

No Vale do Rio Pardo, na parte baixa, o plantio foi praticamente concluído, enquanto na região serrana está próximo de 60%. “O plantio obedece aos microclimas. O litoral catarinense já está em período de colheita”, explicou. A região Sul do Estado, principalmente Canguçu e adjacências, é que está com percentual menor de plantio, em torno de 10%  – mesmo índice do planalto norte catarinense e seus municípios vizinhos. O dirigente ressalta que, de maneira geral, as plantas estão com um bom desenvolvimento, apesar de o clima não estar muito favorável.

“O tabaco necessita de muito sol e de temperaturas mais elevadas, mas não em excesso. Porém, até o momento tivemos poucos dias com a condição climática de que a planta necessita”, frisa. Werner antecipa que o levantamento do custo de produção teve sua segunda etapa concluída recentemente, trabalho feito por representantes da Afubra, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS) e da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). “A última etapa ocorre a partir de meados de outubro”, esclareceu.

Uma lavoura de encher os olhos

Os fumicultores Pedro Joaquim de Quadros e Clarice Terezinha Frey estão orgulhosos da lavoura de tabaco nesta safra. Na propriedade em Linha São João, em Estância Nova, no interior de Venâncio Aires, plantaram 95 mil pés no ciclo 2019/20. “Este ano as plantas estão vindo muito bem, dá gosto de ver”, comenta a produtora. Nos últimos três anos, a família vem reduzindo gradativamente a produção em busca de mais qualidade para as colheitas e menos mão de obra durante o manejo. “Chegamos a plantar 115 mil pés de tabaco na safra retrasada”, contou.

Com a ajuda do filho Carlos Alexandre e da nora Angélica Martins de Quadros, o casal concluiu o plantio na primeira semana de agosto. A expectativa já é dar início à colheita das folhas baixeiras daqui a duas semanas. “Esperamos colher mais de 1,2 mil arrobas, com média de 12,6 arrobas por mil pés”, calculou Clarice. A fumicultura ainda comemora que a região não foi atingida pelas recentes incidências de granizo. “Felizmente escapamos das pedras de gelo. Tenho fé que nosso fumo dará bem mais bonito do que no ano passado.”

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