O volume de fertilizantes transportados por ferrovia deverá crescer 56% esse ano no Sul, atingindo 2,7 milhões de toneladas. Com isso, a participação do insumo no segmento ferroviário da região deverá crescer de 15% para 20%. A projeção é de Helder Catarino, gerente de Granéis da América Latina Logística (ALL-Delara), concessionária da malha Sul da rede ferroviária, tendo em vista os primeiros resultados do ano.
De acordo com dados da companhia, no primeiro trimestre foram transportadas 436,8 mil toneladas do produto, 78% mais que as 245,9 mil toneladas carregadas no mesmo período de 2002. Em todo o ano passado foram movimentadas 1,78 milhão de toneladas.
Catarino conta que o crescimento no carregamento de fertilizantes nas ferrovias se deu de seis anos para cá, quando o volume transportado triplicou. Em 1997, foram movimentadas 608 mil toneladas. Na comparação com 2002, houve um crescimento de 193%. "Esse aumento deve-se mais aos investimentos do setor agrícola, que passou a utilizar maiores quantidades de fertilizantes, do que à conquista de mais clientes pelas ferrovias."
O aumento da demanda levou a ALL a adotar um sistema de aproveitamento de vagões, que vão para os portos carregados de grãos para exportação e voltam com as matérias-primas do fertilizante (potássio, nitrogênio, fósforo, entre outros), importadas de países como Canadá, Rússia e Polônia, para serem industrializadas no Brasil.
Catarino afirma que a adoção desse sistema levou à otimização do serviço e à redução do custo final para o comprador. "Hoje, o custo do transporte de fertilizantes pelas ferrovias está entre 15% a 20% mais barato do que pelas rodovias e oferece vantagens como a possibilidade do transporte de volumes maiores e a maior regularidade do trajeto", analisa.