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Transporte encarece custo da produção em Mato Grosso

A distância de MT dos centros consumidores e dos portos encarece os custos de produção



A distância que separa Mato Grosso dos centros consumidores e dos portos de exportação encarece substancialmente os custos de produção e tira a competitividade dos produtos regionais em outros mercados. Essa preocupação foi exposta nessa terça-feira (07-11) pelo presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja), Rui Otoni Prado, que participou do fórum de infra-estrutura de transporte organizado pela Federação das Indústrias do Estado (Fiemt). O fórum discutiu gargalos e alternativas para a logística de transporte no Brasil, com enfoque no Mato Grosso.

De acordo com estudos da Aprosoja, os custos do frete em Mato Grosso variam de US$ 60 a US$ 100 por tonelada de soja transportada até aos portos exportadores (Santos-SP ou Paranaguá-PR). “Depende da região. Se tomarmos como exemplo a região de Sorriso (460 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá), os custos podem chegar a US$ 100”, frisa Prado.

Para se ter uma idéia do peso do “custo transporte”, ele cita que uma tonelada de soja, colocada no porto, vale US$ 240. “Portanto, mais de 40% da renda do produtor fica só para pagar frete”, observa.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Homero Pereira, informou que o custo do transporte em Mato Grosso é o mais caro do país. “Com custos elevados perdemos competitividade e renda”. Ele cita como alternativas para a infra-estrutura do transporte em Mato Grosso a conclusão da Ferrovia Senador Vuolo e do asfaltamento da BR-163, ligando Cuiabá a Santarém. “Precisamos chegar com a ferrovia até às regiões produtoras e escoar a nossa produção via Santarém a partir da pavimentação da 163”.

Homero diz que o governo federal já realizou diversos estudos e diagnósticos sobre a logística de transporte no Brasil, “mas houve pouca ação prática e vontade política para se resolver estes gargalos”.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiemt), Nereu Pasini, alerta que as autoridades devem colocar em prática os compromissos assumidos em campanha. “O governo federal e o Estado assumiram esta responsabilidade de equacionar o problema de infra-estrutura e precisam ser cobrados”.

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