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Treinamento simula ações em caso de ocorrência de aftosa

Participam do treinamento virtual cerca de 350 profissionais federais e estaduais


Foto: Marcel Oliveira

O último caso de febre aftosa registrado no Brasil foi em 2006 no Paraná e em Mato Grosso do Sul, na região de fronteira com o Paraguai. Desde 2018 o país tem o título de livre da doença com vacinação. Santa Catarina é livre sem vacinação desde 2007. Até 2021 a expectativa é de que todos os estados alcancem esse status sanitário junto a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). 

Desde 1º de setembro está em vigor a norma que estabelece que o grupo 1 do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que reúne Acre, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia, além de partes de Mato Grosso e Amazonas, não vacina mais. Os demais seguem vacinando neste mês de novembro o rebanho bovino e bubalino.

Nesta semana o Ministério da Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) realizam de forma virtual, um treinamento simulado de atuação em uma ocorrência de febre aftosa. O exercício faz parte das atividades previstas para organização e capacitação do Serviço Veterinário brasileiro para atuação em emergências zoossanitárias. Além deste treinamento virtual, está previsto para 2021 o módulo de campo do exercício simulado em Santa Catarina. 

“O objetivo do treinamento é a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, minimizando seus impactos econômicos e sociais, mas as medidas demonstradas na teoria, e depois na prática, servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo”, destaca o diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Geraldo Moraes. 

Entre os assuntos discutidos estão os procedimentos relacionados à situação da febre aftosa no mundo, a atuação da OIE, a preparação para emergências, epidemiologia e diagnóstico da doença, a investigação epidemiológica, o registro de dados e sistemas de informação, as medidas de biossegurança e procedimentos de contenção e eliminação de focos de febre aftosa, entre outros, conforme diretrizes do Plano de Contingência para Febre Aftosa. 

No último dia do evento, na sexta-feira (27), está previsto um estudo de caso sobre as principais ações a serem desencadeadas nas primeiras 72 horas após a confirmação de um foco fictício de febre aftosa em Santa Catarina. 

Participam do treinamento virtual cerca de 350 profissionais das Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e dos órgãos estaduais de Sanidade Agropecuária de todo o país, além de representantes do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária, da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, da Defesa Civil, entre outros. 

Em 2019, em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o Mapa organizou um exercício simulado em São José dos Pinhais (PR), que contou com a participação de 178 profissionais, incluindo integrantes do Serviço Veterinário Oficial de 25 unidades da Federação e da Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. 


 

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