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Três grupos frigoríficos lideram vendas

As vendas do complexo carne movimentaram US$ 513,787 milhões no MT


Três principais grupos frigoríficos do país com atuação em Mato Grosso, responsáveis por 26,21% dos abates de bovinos no Estado, lideraram as exportações de carnes até maio, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). No acumulado dos 5 primeiros meses deste ano, as vendas do complexo carne movimentaram US$ 513,787 milhões no Estado, 25,52% a mais que os US$ 409,322 milhões de 2010. No período, foram embarcadas 161,575 mil toneladas de carne bovina, suína e de aves, volume 5,08% superior ao contabilizado no mesmo período de 2010, quando totalizou 153,761 mil toneladas.


Com 11 plantas frigoríficas em território mato-grossense, o JBS liderou os embarques de carnes no período, conforme apontado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic). No país, as vendas do grupo entre janeiro e maio totalizaram US$ 1,090 bilhão, com avanço de 166,80% ante os US$ 408,795 milhões do ano anterior. No ranking geral das 40 principais exportadoras brasileiras, o grupo ficou na oitava posição, mesma colocação obtida no levantamento anterior. Em setembro de 2009, o JBS incorporou o Bertin.

Entre as principais companhias de carne brasileiras, a Sadia aparece na sequência, com receita de US$ 993,068 milhões no país nos 5 primeiros meses de 2011, alta de 17,53% em relação aos US$ 844,981 milhões de igual intervalo de 2010. A empresa mantém frigoríficos de aves e suínos em Várzea Grande e Lucas do Rio Verde, abatendo 6,884 milhões de animais por mês nas plantas estaduais. A BRF - Brasil Foods (antiga Perdigão), fechou o período com receita de US$ 968,027 milhões no país, aumento de 16,17% sobre os US$ 833,302 milhões acumulados entre janeiro e maio de 2010. Com representação em Mirassol D"Oeste e Nova Mutum, a empresa abate por mês 25,235 mil animais, entre aves e bovinos. Com este desempenho, a Sadia ficou na 10ª posição no ranking nacional e a BRF, em 12º lugar. Somadas as receitas das duas empresas, a cifra (de US$ 1,961 bilhão, crescimento de 16,9% ante o acumulado de 2010 até maio) é superior ao do grupo JBS e a companhia passa a ser a 4ª maior empresa exportadora do Brasil, atrás de Vale, Petrobras e Bunge, ainda segundo o ministério.

Na análise anterior, o montante consolidado colocava a BRF como a terceira maior exportadora. A Sadia foi incorporada contabilmente pela BRF, mas as empresas continuam operacionalmente separadas, à espera da decisão final do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Assim como JBS e Bertin, a Secex divulga os dados das duas companhias separadamente. No ranking setorial, a Marfrig (que incorporou a Seara Alimentos no início do ano passado) aparece na sequência, com receita de US$ 418,254 milhões, aumento de 52,75%, na comparação com os US$ 273,814 milhões de janeiro a maio de 2010, ocupando a 35ª posição na lista geral. O grupo mantém 2 frigoríficos em Mato Grosso, com uma planta em Tangará da Serra e outra em Paranatinga. Juntas, abatem mensalmente 42 mil bovinos. Considerando o montante consolidado Marfrig-Seara (ainda divulgados separadamente pela Secex) a receita totalizou US$ 1,083 bilhão. Especialista em Comércio Exterior, economista Vitor Galesso lembra que a crescente demanda asiática tem influenciado o comércio de carnes. "Os dados são para serem comemorados".


Como grande consumidor de carne de aves e bovinos, o Oriente Médio se sobressai, junto com a Europa e Ásia (China e Coreia). A carne suína, em sua maioria, é embarcada para o Norte da Europa, com destaque para Rússia. "Mas é um mercado ainda pequeno, não deve chegar nem a 10% das carnes exportadas".

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