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Treze fazendas da Boi Gordo serão leiloadas dia 9 de novembro

A fazenda de maior valor tem 7,860 mil hectares e integra o lote 1.1, com predominância de floresta


Treze fazendas pertencentes à Massa Falida de Fazendas Reunidas Boi Gordo em Mato Grosso e que não foram arrematadas em leilão realizado em junho deste ano voltam a ser leiloadas no dia 9 de novembro a partir das 14h. Os imóveis estão localizados no município de Comodoro (a 644 Km a Oeste de Cuiabá) e são ofertados pelo valor total de R$ 61,1 milhões. Serão colocados à venda com deságios de 90% ou 70% dependendo da área, ou seja, com preços variando de 10% a 30% do valor de avaliação.

A fazenda de maior valor tem 7,860 mil hectares e integra o lote 1.1, com predominância de floresta e 42% da área aberta com aptidao para lavoura. A propriedade está estruturada com casas, barracões, silo graneleiro com secador e pista de pouso e o valor de avaliação chega a R$ 61,9 milhões, com possibilidade de arremate por R$ 43,3 milhões e deságio de 30%.

Com maior deságio inclui-se uma fazenda de 3,566 mil hectares, ocupados predominantemente com floresta e avaliada em R$ 10,2 milhões. O lance mínimo foi fixado em 1,025 milhão, com abatimento de 90% sobre o valor da avaliação. Todos os arrematantes das edições anteriores já tomaram posse dos imóveis.

No leilão anterior foram arrematadas 15 fazendas pelo valor de um pouco mais de R$ 160 milhões, com destaque para as fazendas: 1, 2, 9 e 19, que alcançaram valores superiores ao valor inicial e as fazendas 4 e 5 com mais de 80 lances e valores finais que superaram o valor de avaliação em 101% e 156%, respectivamente.

Os pedidos de imissão na posse das arrematações anteriores foram formalizados logo após as confirmações de pagamento e os arrematantes levaram, em média, 60 dias para ocupação. Além disso, quem escolheu a opção de pagamento integral já está com a sua carta de arrematação em mãos.

A equipe multidisciplinar envolvida no projeto explica a forma híbrida (online e presencial) para leilão apresenta um retorno bastante positivo, pois os interessados podem contar com o apoio técnico para elucidar dúvidas muito antes da data final do leilão e os lotes podem ser arrematados mesmo à distância, com igualdade de condições com os que participam do pregão presencial.

As fazendas desta edição têm áreas de 2.345,13 ha a 9.428,63ha, além da "jóia da coroa" da Boi Gordo que é a "Fazenda 8" com 8.592,9718 hectares, dos quais 42% foram abertos e cultivados com soja e milho safrinha nos últimos anos. Esta área conta com barracão, armazém, galpão para máquinas, secadores e silo, sede, casa para funcionários, escritório e pista de pouso. E está sendo leiloada com 20% de desconto do valor de avaliação, por R$ 49.5 milhões ou R$ 5.777/hectare.

Assim como no leilão anterior, os interessados deverão solicitar à equipe da gestora Lut Leilões, responsável por mais esta etapa do processo junto com o Canal do Boi, o boleto bancário para pagamento da caução no valor de R$ 50 milhões, além de enviar documentação particular que comprove a saúde financeira da pessoa ou empresa para adquirir os bens.

Os editais dos leilões cientificam aos interessados todos os procedimentos para conclusão da habilitação para participação, que deverá acontecer até as 18h do dia 8 de novembro deste ano. A empresa destaca que os dados e demais informações dos interessados são confidencias e só serão apresentados ao juiz, promotor ou síndico da massa falida, quando solicitados.

A forma de pagamento permanece a mesma da última edição. O interessado poderá pagar 20% do valor do lance, mais a comissão de 4,5% do leiloeiro, 24h após o leilão. O restante poderá ser pago em até 5 prestações semestrais iguais e consecutivas corrigidas pelo índice da tabela prática do TJSP e acrescidas de juros simples de 1% ao mês.

Os realizadores disponibilizam chat, WhatsApp, e-mail, telefone e o mailing segmentado criado para contato com os interessados. Para mais informações podem acessar o site da gestora Lut Leilões.

Criada em 1988, a empresa Fazendas Reunidas Boi Gordo iniciou em 1996 processo de abertura de investimentos em animais. Era um sonho para investidores que receberiam, após 18 meses, o lucro da venda do boi engordado com promessas de 42% de rendimento via certificados de investimentos.

Foram mais de 30 mil pessoas que investiram neste modelo identificado como "pirâmide financeira", que pagava contratos vencidos com recursos de novos investidores. Em 2001, a empresa pediu concordata, uma vez que o dinheiro investido passou a ser direcionado para outros negócios do empresário Paulo Roberto de Andrade, fundador da empresa. Com uma despesa a pagar maior que a receita, a Boi Gordo faliu em 2004. (Com informações da assessoria).

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