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Trigo – o patinho feio e esquecido do agronegócio

Hoje nosso consumo é de 10 milhões por ano e nossa produção mal chega a cinco!


O Ministro da Agricultura diz que espera para a próxima safra de grãos pelo menos uma repetição da safra recorde deste ano (146,92 milhões de toneladas), onde pontificam as colheitas de soja (68,7 mil t) e de milho (53,4 mil t). Fala do grande esforço do governo no programa PEP para o escoamento da grande safra de milho e suporte dos seus preços. Diz que a única preocupação é com a safra de trigo pois haverá uma forte diminuição da área plantada e houve decréscimo no preço mínimo. Bem o trigo, que foi sagrado para o país por décadas, tão importante que o próprio Governo Federal cuidava de sua comercialização através da extinta Sunab, importando o que fosse necessário para completar nossa safra, entregando aos moinhos e garantindo a eles uma margem de lucro. Um negócio do outro mundo…

O fato é que o Brasil já conseguiu, em priscas eras, produzir mais de oito milhões de toneladas do cereal. Hoje nosso consumo é de 10 milhões por ano e nossa produção mal chega a cinco! Falta toda e qualquer política governamental para suportar este plantio. Acomodados com a situação cambial que faz com que seja mais interessante a importação da Argentina e na falta dela do Canadá ou dos EUA, nossos dirigentes negligenciam o apoio a este setor, tão importante para garantir ao produtor rural uma safra de inverno alternativa ao milho safrinha.

Todo mundo sabe que as condições climáticas no Paraná e Rio Grande do Sul, os maiores Estados produtores, são muitas vezes adversas para o plantio e desenvolvimentodo trigo. Mas para um país como o nosso que tem um centro de excelencia como a Embrapa, só um pouquinho de cuidado e de investimento faria reviver esta nossa cultura e ampliar para nossos produtor rural as alternativas de safra de rotação.

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