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Trigo argentino pode ter produtividade maior

Fornecedor se torna cada vez mais importante para farinhas especiais no Brasil


A T&F Consultoria Agroeconômica aponta que o trigo argentino poderá ter uma produtividade maior que a do ano passado: “Com a redução na produção dos trigos semiduros do norte do PR, SP e MG, o trigo argentino se torna cada vez mais importante para a produção de farinhas especiais no Brasil. Por isso, o acompanhamento do seu mercado também continua a ser uma necessidade”. 

Na safra de 2018 as lavouras de trigo na Argentina contam com uma fertilização ainda maior do que a do ano anterior (algumas lavouras estão sendo ‘refertilizadas’ neste momento) e as horas com temperaturas abaixo de 5º C de julho foram mais do que o dobro das do ano passado. “O trigo não sofreu danos pela grande geada ocorrida no país. Está crescendo lento, mas com maiores taxas de perfilhamento pela maior quantidade de horas de frio”, aponta o analista Luiz Fernando Pacheco. 

Os engenheiros agrônomos explicam que o frio contribui para a vernalização, o que pode traduzir-se com uma nova floração. Por tudo isto, começa a haver uma grande expectativa de que a safra atual pode registrar o rendimento máximo que o trigo pode alcançar quando o clima e a tecnologia se alinham a seu favor. 

Na semana passada as chuvas que ocorreram foram fracas, mas muito recorrentes. Houve setores que acumularam mais de 15mm. Com novas provisões de umidade o trigo continua muito bom em 75% da área, depois de um mês de julho que teve chuvas de mais de 40mm em direção ao Leste e que diminuem para 5-10 mm à medida que vai para o oeste. 

No ano passado estes volumes eram quase o dobro. O ambiente úmido e as altas temperaturas dominavam a região, apurando as etapas do cultivo. Este ano, ao contrário, o crescimento aéreo está muito lento. Só 30% da área plantada com trigo ingressa nesta semana na etapa de perfilhamento, completando 83% dos quadros que se encontram neste estágio. 

“Cerca de 13% está desenvolvendo folhas e 3% está um pouco mais atrasado, em estado de emergência. A expectativa do mercado, por enquanto, é que a Argentina produza cerca de 20,1 milhões de tons, contra 17,5MT do ano passado”, conclui. 

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