A comercialiação de 40% da safra e a capacidade e a qualidade de armazenamento foram os principais assuntos da reunião ontem da Câmara Setorial do Trigo, na Secretaria Estadual da Agricultura do Rio Grande do Sul. "A venda está fluindo, confirmou-se a produção de uma safra recorde e a expectativa é de manutenção de área, de produtividade e de melhoramento na produção", salientou o presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Jorge Rodrigues. Segundo ele, também levantou-se a possibilidade de investir na formação dos profissionais que atuam na armazenagem por meio de ações do Senar/RS.
O presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, apontou como destaque a exportação de cerca de 800 mil toneladas do grão para países europeus e do norte da África, a se confirmar em fevereiro. "Também foi discutida a necessidade de custeio das sementes do cereal, que teve 600 mil toneladas exportadas, um volume recorde", afirmou. Já o conselheiro do Sinditrigo, Reinaldo Coser, comemorou a aproximação da indústria com os outros elos da cadeia.
Conforme ele, os moinhos da região Sul têm interesse que o governo federal tome medidas para baixar o custo de cabotagem do cereal para o Nordeste. "Caso contrário, fica mais fácil exportar", salientou. O chefe da Coordenadoria Estadual de Planejamento Agrícola (Cepa) da SAA, Edegar da Silva, disse que a armazenagem está sendo examinada pelo governo em conjunto com representantes de diversas câmaras setoriais, além da Cesa. A última safra foi a maior da história no Estado, chegando a 2,18 milhões de toneladas.