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Trigo tem mais demanda do que oferta no início da safra

Consultoria cita fatores de alta e de baixa


Foto: Marcel Oliveira

Atualmente existe mais demanda do que oferta de trigo no mercado brasileiro para o início da safra 2020/21 de trigo e o preço deve se manter elevado, de acordo com informações divulgadas pela T&F Consultoria Agroeconômica. Safra velha tem praticamente 0% de disponibilidade, diz a consultoria. 

“Nos contatos que mantemos todos os dias com o mercado percebemos que, com praticamente zero disponibilidade de safra velha à disposição dos moinhos, a não ser o que tem em estoque, o mercado está ansioso pelos lotes de safra nova. Ocorre que a colheita, que deveria começar em 17 de agosto no Paraná, atrasou duas semanas por chuvas. Isto aumentou a ansiedade”, comenta. 

Por isso, houve quem procurasse trigo em Minas Gerais, onde a colheita está quase encerrada, mas não houve negócio devido aos altos preços. “Em São Paulo, o preço já subiu de R$ 1.100,00 para R$ 1.200,00 e as pedidas no Paraná também estão no mínimo no mesmo nível para os primeiros lotes de setembro. Em nossa opinião os preços do trigo em setembro não deverão ser menores do que R$ 1.200,00 no PR, devendo subir mais, dependendo da disputa entre os compradores e dos relatórios sobre a quantidade e a qualidade da próxima safra no estado e no Paraguai”, completa. 

Dentre os fatores de alta, a consultoria cita o atraso na colheita, a quebra na produção que está sendo registrada no Brasil e nos vizinhos Argentina, Paraguai, além do dólar alto. Como fatores de baixa estão o início da colheita, o forte aumento da safra na Austrália, com repercussões sobre a Argentina e os preços elevados das farinhas que espantam os consumidores finais de massas e biscoitos. 

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