Ucrânia vai plantar mais oleaginosas

Embora haja expectativas de aumento no plantio de sementes oleaginosas pelos agricultores ucranianos, com exceção dos girassóis, os volumes de produção para o período de 2024-25 podem ser moderados devido a rendimentos potencialmente mais baixos. De acordo com um relatório do Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) do Departamento de Agricultura dos EUA, a área de produção de soja é estimada em 2,1 milhões de hectares, representando um aumento de 18%, enquanto a área destinada à colza está projetada em 1,5 milhões de hectares, refletindo um aumento de 7%. A área de plantio de sementes de girassol permanece praticamente estável, em torno de 5 milhões de hectares.

As estimativas de produção também foram apresentadas no relatório, indicando uma redução de 4% na produção de sementes de girassol, totalizando 11,5 milhões de toneladas entre 2023 e 2024. Em contraste, a produção de soja é esperada para atingir 5,1 milhões de toneladas, um aumento de 7%, enquanto a produção de colza deve permanecer semelhante à temporada anterior, em 4 milhões de toneladas.

A Ucrânia, como um dos principais exportadores de produtos agrícolas a granel, enfrenta desafios logísticos desde a invasão russa em fevereiro de 2022, especialmente em relação ao acesso a portos e rotas marítimas. A FAS observa que a capacidade de exportação está principalmente direcionada aos grãos, com as exportações de oleaginosas sendo influenciadas pela disponibilidade dessa capacidade.

Prevê-se um aumento nas exportações globais de oleaginosas para 2024-25, impulsionado pelo crescimento nos embarques de soja e colza, conforme indicado pela FAS. Estima-se que as exportações totalizem 300 mil toneladas para sementes de girassol, mantendo-se estáveis em relação ao ano anterior, enquanto as exportações de soja devem aumentar em 7%, atingindo 2,9 milhões de toneladas, e as exportações de colza devem crescer em 22%, alcançando 3,6 milhões de toneladas.

Antecipa-se que a União Europeia seja o principal mercado para as sementes oleaginosas, embora parte dessas exportações também seja destinada a outros mercados fora da UE.