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Um ano após incêndio, C.Vale recupera ritmo de produção

Escombros e fumaça dando lugar a materiais de construção e operários em ritmo apressado


Escombros e fumaça dando lugar a materiais de construção e operários em ritmo apressado. Vigas e pilares novos substituindo estruturas de até 18 toneladas que haviam desabado. Um ano depois do incêndio, o abatedouro de frangos da C.Vale se reergue um pouco a cada dia sob o sentimento de ansiedade de milhares de funcionários, produtores e dirigentes da cooperativa. A retirada dos escombros, a substituição de enormes colunas de concreto e a colocação de novas tesouras para sustentar a cobertura foi a fase mais demorada, mas já ficou para trás. Agora, o prédio está todo coberto outra vez e um novo túnel de congelamento está sendo montado.


O incêndio de 13 de maio de 2011 entrou para a história da C.Vale como uma tragédia, mas mostrou um sentimento de superação, avalia Alfredo Lang, presidente da cooperativa. “É uma data que não gostamos de lembrar, mas ela faz parte da nossa história. Devemos guardá-la e usar como lição de união e superação. Desde o início a nossa preocupação foi preservar o emprego dos funcionários, a produção dos avicultores e a qualidade dos nossos produtos.”

Funcionários relembram as dificuldades para combater as chamas e para recolocar a indústria em funcionamento. O mecânico Carlos Nedilha, um dos primeiros a chegar ao local do incêndio, conta os riscos para controlar as chamas. “Foram momentos de muita tensão. Era difícil chegar perto do fogo por causa da fumaça e da amônia. Foi difícil ver tudo aquilo queimando, mas graças a Deus a gente conseguiu salvar grande parte”, relata. LademirHendges, gerente do Departamento de Máquinas da cooperativa, diz que o incêndio revelou sentimentos distintos. “Um sentimento de tristeza muito grande e outro de amor pela C.Vale. Funcionários de todas as áreas ajudaram a apagar o fogo como se fosse em suas casas”, relembra, enquanto observa operários montando novos equipamentos.

A dedicação dos funcionários nos primeiros dias que se seguiram ao incêndio surpreendeu Kátia Fagnani, encarregada de gestão ambiental, que atuou na retirada da carne de frango que seria descartada. “Não tinha hierarquia, cargo ou função, todos estavam trabalhando com o mesmo objetivo: reconstruir o abatedouro”, observa. E completa: “Outra coisa que me chamou muito atenção foi a serenidade e a transparência da direção com as informações”.


Carlos Nedilha recorda que a preocupação com o emprego tomou conta dos funcionários. “Naqueles dias que o abatedouro não funcionou as pessoas ficaram muito tensas com seus empregos. Hoje é gostoso de ver a reconstrução, todos os funcionários trabalhando”, afirma. Ele entende que, hoje, as pessoas valorizam mais o abatedouro e conta os dias para o término da reconstrução. “Vai ser muito bom quando tudo estiver pronto, presenciar essa nova etapa”, comenta.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, projeta a conclusão das obras para o final do ano. “Vamos voltar com uma estrutura melhor que a anterior porque estamos instalando equipamentos mais modernos e com maior capacidade de processamento de carne de frango.” A indústria abate, atualmente, 325 mil aves/dia, apenas 7 mil a menos que no período anterior ao incêndio.

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