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Uma região com diversidade de produção

É possível produzir alimentos os 12 meses do ano em Passo Fundo


Com riqueza de solo e clima, é possível produzir alimentos os 12 meses do ano com mais de 50 alternativas entre grãos, hortigranjeiros, fruticultura e bovinos

A região de Passo Fundo pode ser considerada como uma das maiores fontes para a produção de alimentos do estado do Rio Grande do Sul. Na população, que já ultrapassa a um milhão de habitantes, está garantida mão de obra qualificada em áreas de produção como de grãos, hortigranjeiros, piscicultura, fruticultura e pecuária de leite e corte. Quem aponta a região com enorme potencial para a diversificação é o agrônomo do escritório regional da Emater-RS de Passo Fundo, Ivan Guarienti.

De acordo com o ele, além da produção dos alimentos pelo sistema de cultivo da terra, a região começou uma afirmação na transformação através das agroindústrias ou em forma artesanal. O agrônomo lembra que os municípios da região possuem clima e solo favoráveis, para produção continua de diversas variedades de alimentos. Além disso, salienta a disponibilidade de assistência técnica e de recursos disponibilizados pelos governos pelo Pronaf, tanto para a ampliação dos projetos de produção de alimentos, como para novas iniciativas no campo.

Para Guarienti, as feiras que comercializam os hortigranjeiros são excelentes alternativas para que os negócios tenham impulso comercial dentro dos perímetros urbanos. “A ideia de que durante o inverno não é possível produzir, por causa das geadas, ficou no passado, pois hoje existem variedades e meios técnicos estruturais, como estufas, e outros, que protegem contra as intempéries climáticas. Tem ainda sistemas de irrigação que garantem água em épocas de estiagens”, explica o agrônomo. Na área de hortigranjeiros ele aponta, no mínimo, 33 alternativas de variedades que podem ser produzidas.
Entre as cultivadas na região cita o plantio de alface, repolho, temperos, couve flor, rúcula, cenoura, agrião e outras. Na área de frutas tem laranja, bergamota, uva, melancia e melão. Na parte de grãos está à soja, milho, trigo, feijão, cevada, canola, aveia, cevada e centeio. Nos campos de pastagens está o gado leiteiro, de corte e a ovinocultura. Ainda tem destaque, e ocupa espaço, a produção de alevinos e peixes destinados aos pesque-pague.

“Temos uma quantidade enorme de alimentos sendo produzidos, que já estão consolidados, dentro das propriedades rurais. Existem outros que começam a ganhar espaço e em pouco tempo se tornarão fonte de renda para o homem do campo, que desejar adotar um sistema de economia diversificada”, completou Guarienti. Entre alternativas futuras podem estar, o amendoim, a cana-de-açúcar, jabuticaba, mandioca, batatinha, batata-doce e outras. O agrônomo lembra que antes de iniciar uma nova atividade o agricultor precisa buscar informações técnicas, bem como saber para que segmento deverá direcionar a sua produção. “O amendoim, por exemplo, pode ser utilizado na fabricação de rapadurinhas”, comenta.

Guarienti aponta que estão havendo algumas mudanças no hábito alimentar onde entram uma gama considerável de alimentos vindos dos pomares, como as frutas, e das hortas onde se concentram as produção das folhas verdes e raízes. “As pessoas estão tendo uma alimentação mais sadia no que diz respeito a diversificação de produtos colocados na mesa durante os horários das refeições. A mesa está mais colorida, o que é muito bom para a saúde e positivo para o setor produtivo”, completa.

O agrônomo acredita que a tendência é que o processo de produções alternativas de renda conquiste cada vez mais espaço. “Tem toda a cadeia de transformação da matéria-prima em derivados”, concluiu.

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