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Uma semana de quedas no mercado de cotações de suínos

Feriados e embargos afetam o preço do quilo do suíno vivo no Brasil


A baixa no quilo do suíno vivo que está sendo comercializado a menos de R$ 3,00 na maioria dos estados brasileiros é resultado do feriado da Páscoa, período em que há redução no consumo de carnes pelos brasileiros. Em compensação, as exportações atingiram volumes recordes no mês de abril. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC, Brasília/DF), o Brasil arrecadou um total de US$ 33,9 milhões com as exportações de carne suína in natura de abril.

A média diária de embarques atingiu US$ 6,8 milhões, alta de 45% se comparado à média diária de US$ 4,7 milhões de março. Em março, a receita com embarques de carne suína atingiu US$ 93,6 milhões. O volume total de carne suína embarcado ficou em 11 mil toneladas, com média diária de 2,2 mil toneladas, com alta de 34,6% em relação à média diária de março.

A bolsa de suínos do estado de São Paulo "Mezo Wolters", realizada no último dia 8, definiu a referência em R$ 56,00/@, que representa respectivamente, R$ 2,99/kg vivo. No estado do Goiás o valor do quilo está R$ 3,70/kg um dos poucos estados que se matem no mercado. Já no Paraná o quilo do suíno está R$ 2,93/kg, R$ 0,20 centavos a menos comparado a primeira semana do mês. Segundo o diretor executivo da ABCS, Fabiano Coser, os preços devem melhorar nas próximas semanas. “Em semana de feriado, principalmente o da semana santa, a diminuição nas vendas de suínos já é esperado. Também tivemos sobra no mercado pela baixa na exportação e  pelo anúncio do embargo à carne suína brasileira por parte da Ucrânia, mas acredito que nas próximas semanas teremos preços mais atrativos para o produtor brasileiro”, diz. O diretor acrescenta que governo do Brasil prepara uma missão técnica para fazer esclarecimentos aos ucranianos sobre o ocorrido.

Em Minas Gerais o preço do suíno reduziu R$ 0,40 centavos, passando de R$ 3,60kg nas ultimas três semanas para R$ 3,20kg. Já no Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Ceará os preços se mantém estáveis entre R$ 3,15kg e R$ 4,15kg. No estado do Mato Grosso a situação está um pouco mais difícil, com o preço a R$ 2,75/kg os produtores ainda encontram dificuldades para vender o suíno. Para o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (ACRISMAT), Paulo Lucion, a situação precisa melhorar o mais rápido possível. “Sabemos que vários fatores ocasionaram esta queda na semana, mas precisamos de uma atitude rápida do governo brasileiro para que estes preços não permaneçam”, diz o presidente ao lembrar-se de mais uma fase superada para a inclusão da carne suína na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).

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