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Unesp desenvolve certificação para produtos de origem animal

Laudo dará aval para projetar Brasil no mercado internacional


Uma nova metodologia para detectar a adição de alimentos não permitidos nas dietas dos animais é desenvolvida por pesquisadores da Unesp de Botucatu. O estudo apresenta um programa de certificação que garantirá aos consumidores do Brasil e do exterior maior segurança alimentar. Com o aval deste certificado o Brasil poderá entrar em um patamar competitivo no mercado internacional.

O teste para a identificação da adição dos alimentos utiliza a metodologia dos isótopos estáveis, ou seja, átomos que não emitem radiações. O uso dos isótopos oferece um novo conceito de rastreabilidade que permite percorrer toda a trajetória do animal - da fazenda até o consumidor final. A técnica avalia os biolementos carbono, hidrogênio, nitrogênio e oxigênio nas áreas de fisiologia, nutrição e metabolismo animal, e poderá criar uma nova ferramenta para aprimorar a busca por informações e conceitos dentro da Zootecnia.

Segundo o coordenador do projeto, Carlos Ducatti, professor do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu, o diferencial deste estudo é que a avaliação para certificar a boa qualidade da saúde do animal é feita pela carne e não pela ração. O método atesta se o animal foi alimentado com proteína animal. De acordo com Ducatti, os países da Europa, depois do mal da vaca louca, não querem mais comercializar animais que tenham usado em sua alimentação proteína de origem animal, considerada a causa da doença. “Este certificado garante a qualidade do animal”.

O trabalho contemplará também análises de ovos, frangos, suínos e peixes. No Brasil, 15 instituições desenvolvem trabalhos com isótopos estáveis em várias áreas, porém a Unesp é a única universidade que utiliza essa metodologia no setor da zootecnia.

Com o envolvimento de 30 docentes, participam do projeto professores da Unesp de Botucatu, Jaboticabale Dracena e da Agência Paulista de Tecnologia de Agronegócios (APTA). Atuam também como colaboradores docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A pesquisa tem apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). As informações são da assessoria de comunicação da da Unesp.

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