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União Corretora terá crédito de carbono em 2004


Tradicional operadora de grãos, açúcar e álcool, a União Corretora planeja entrar no mercado de crédito de carbono a partir de 2004. "Vamos prestar assessoria em projetos e comercializar os créditos de carbono no mercado", afirmou Francisco de Lavor, presidente da corretora.

Para impulsionar os negócios, a corretora fechou parceria com uma empresa européia, o que deve dar maior respaldo ao programa. Mesmo com a resistência da Rússia em ratificar o Protocolo de Kyoto - criado em 1997 e que estabeleceu normas que limitam a emissão de dióxido de carbono na atmosfera - a União acredita que esse mercado terá boa demanda.

"Os países europeus deverão criar no próximo ano seu próprio mercado de comercialização de créditos, independentemente da ratificação ou não do protocolo", afirmou o executivo ao Valor.

Segundo Lavor, os créditos de carbono negociados na Europa já estão cotados a 12 euros por tonelada, mais do que o dobro que os US$ 5 por tonelada praticados no mercado internacional. No Brasil, algumas usinas de açúcar e álcool estão investindo em projetos de co-geração de energia por meio do bagaço de cana.

Parte desses programas está em análise no mercado para viabilizar os créditos no mercado. O projeto Catanduva, do grupo Virgolino Oliveira, do interior de São Paulo, foi um dos escolhidos pelo governo holandês.

Os projetos dos créditos de carbono da União Corretora, serão executados pela União Energia, braço da corretora, criado em 2001 especialmente para comercializar energia. "Também passaremos a negociar óleo combustível [utilizado para queima das caldeiras]", disse Lavor.

Fundada em 1983, o foco inicial da União Corretora era na comercialização de grãos (milho e soja). Com a desregulamentação do setor sucroalcooleiro, a partir da década de 90, passou a atuar na negociação de açúcar e álcool. Neste mesmo período, Lavor passou a prestar consultoria nos processos de fusão e aquisição de companhias vinculadas aos agronegócios, sobretudo nos segmentos de soja e açúcar, que estão em processo de concentração nos últimos anos.

Atualmente, o executivo está envolvido em negociações de compra de usinas de açúcar e álcool. "É um setor que está em movimento e deverá fechar bons negócios no próximo ano".

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